é uma das atrizes mais populares de Hollywood, mas está dando um novo passo em sua carreira com , filme que marca sua estreia na direção e foi exibido na .
Atriz indicada ao Oscar, Scarlett Johansson estreia na direção com o filme A Incrível Eleanor
, com a bilheteria de seus filmes somando 14,6 bilhões de dólares, e já foi indicada ao Oscar por e . Com todo esse prestígio na indústria, ela se aventura pela primeira vez como diretora no filme independente A Incrível Eleanor.
“Quando você faz um filme independente como este, ninguém está fazendo isso por dinheiro”, disse Johansson durante a estreia do filme no Festival de Cannes (via Variety). “Na verdade, todos que se uniram para este filme o fizeram porque amaram muito a história, o roteiro. É um filme sobre muitas coisas: sobre amizade, sobre luto, sobre perdão. E acho que esses são temas que precisamos explorar muito mais hoje em dia”.
Engraçado e comovente, A Incrível Eleanor mostra um novo lado de Scarlett Johansson
TriStar Pictures
O filme acompanha Eleanor (), uma mulher de 94 anos que, após perder sua melhor amiga Bessie (), vai morar com sua filha e seu neto em Nova York. Após viver com a amiga por mais de 70 anos, Eleanor vive a dor e o vazio deixados pela partida de Bessie. Um dia, a mulher visita ao Centro Comunitário Judaico de Manhattan e esbarra com um grupo de suporte de sobreviventes do Holocausto e, sem pensar, conta sua história – que, na verdade, pertence à Bessie – e chama a atenção de uma estudante de jornalismo, Nina (), que pretende fazer um artigo sobre Eleanor. As duas criam um forte laço, mas por quanto tempo essa mentira poderá sobreviver?
Scarlett Johansson se aproveita do roteiro escrito por para deixar June Squibb brilhar no papel da protagonista. A atriz de 95 anos, que foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por (2013) e conquistou seu primeiro papel principal em (2024), nos conquista logo nos primeiros minutos de A Incrível Eleanor com sua energia rebelde e humor afiado que servem muito bem no lado cômico.
Após a morte de Bessie, o filme começa a se encaminhar para um lado mais comovente e dramático a partir das mentiras de Eleanor. Longe de defender as atitudes da protagonista, a trama apresenta reflexões sobre dor do luto e solidão de perder uma pessoa amada. Esses sentimentos que podem nos levar para caminhos sombrios (muitas vezes sem nossa consciência ou intenção de fazer mal) na busca de atenção e entender sua identidade.
Por esses motivos, a força de A Incrível Eleanor está realmente na atuação de June Squibb. Como se trata de sua estreia, é possível ver a falta de experiência de Scarlett Johansson em uma direção sem tanta inspiração e uma condução narrativa que não apresenta muitas surpresas. O filme fica excessivamente melodramática em alguns momentos, mas é um ponto positivo a sensibilidade de Scarlett e Kamen ao trabalhar com essas temáticas. Por isso, os lencinhos serão indispensáveis quando você for conferir a produção.
No final das contas, A Incrível Eleanor é aquele filme simples que promete te fazer rir e chorar trazendo reflexões universais sobre amizade, luto, solidão e memórias. A partir de agora, vamos ficar de olho nos próximos passos de Scarlett Johansson como diretora.
Assistimos A Incrível Eleanor na 49ª edição da Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. O filme ainda não tem previsão de estreia nos cinemas brasileiros.
Fonte: adorocinema






