Sophia @princesinhamt
Notícias

Saúde Mental de Idosos: Desafios e Impactos no Mundo Atual

2025 word1
Grupo do Whatsapp Cuiabá

A Organização Mundial da Saúde e o Estatuto do idoso no Brasil definem o ser humano idoso como uma pessoa com 60 anos ou mais. O conceito relaciona-se a características biológicas, psicológicas e sociais do processo de envelhecimento, quando acontece o declínio físico próprio dos anos de vida.

Por outro lado, o avanço da medicina, com melhor controle da saúde e prevenção de doenças, aliado a hábitos saudáveis de alimentação, sono adequado, controle de vícios, como tabagismo e excesso de álcool, atividade física regular e práticas de esportes vêm atrasando o declínio físico do ser humano em cerca de duas décadas. Isso não significa que as pessoas com 60 anos vão deixar de ser reconhecidas como idosas, mas já há uma tendência em caracterizar aqueles a partir de 80 anos como superidosos, inclusive para fins de direitos.

Nada mais justo! Contrariamente do que se pensa, não são apenas perdas que acontecem nessa faixa de idade, não é só declínio físico ou de memória. Pelo contrário, é uma fase da vida em que há acúmulo de experiências e sabedoria e, consequentemente, maior adaptação ao progresso evolutivo do mundo moderno.

Vamos nos prender um pouco à saúde mental dessa população de 60+. A mesma evolução médica e desenvolvimento tecnológico que atrasam o declínio físico do idoso e, até certo ponto, propiciam que determinados idosos apresentem higidez física maior e melhor que algumas pessoas mais jovens, também favorecem que aconteça o mesmo com a saúde mental. Apesar disso, é grande o número de indivíduos mentalmente adoecidos nessa faixa etária.

(Vídeo: Marcos Estevão)

A depressão ainda é o transtorno mental mais frequente na terceira idade. O fato de o idoso sentir-se só, pouco amparado, vendo-se como um fardo a ser carregado pela família já constituem importantes fatores para o surgimento ou agravamento de enfermidades depressivas.

Somam-se a isso a viuvez em que muitos se encontram e o luto pela perda do cônjuge e de parentes e amigos, seus contemporâneos. A aposentadoria e as perdas financeiras, também são fortes agravantes. Tudo isso, de forma isolada ou em conjunto favorece o surgimento de depressão.

Há nessa fase da vida uma preocupação constante e compreensível com o surgimento de doenças crônicas, diminuição da mobilidade, isolamento e necessidade de cuidados especiais, por meio de cuidadores capacitados.

Outra grande preocupação é quanto à possibilidade de institucionalismo, pela impossibilidade de suporte familiar necessário e adequado ao idoso durante as vinte e quatro horas do dia. O número de suicídios, infelizmente, aumenta consideravelmente depois dos 70 anos.

Outras enfermidades, não tão raras, são a ansiedade com grande impacto à saúde do idoso; e as diversas formas de demências, estas como patologias graves e totalmente incapacitantes, que cursam com alteração do comportamento e perda progressiva da orientação e da memória.

Frente a todos esses impactos negativos, é importante que surjam muitas frentes preventivas de transtornos mentais na terceira idade.

Para isso, devemos contar com políticas públicas de saúde empenhadas nessa causa, para que possamos lutar pelo que chamamos de fatores de proteção, constituídos por maior participação social do idoso, com o fomento de práticas de atividades físicas e religiosas, apoio social e familiar, incentivo ao desenvolvimento de hobbies.

As Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) a princípio parecem traumáticas, com a sensação de abandono do idoso, mas, na verdade, não é bem assim, uma vez que diversos estudos concluem que as boas instituições com essa finalidade são acolhedoras e desenvolvem diversas atividades diárias, na área cognitiva, no autocuidado, na vida social e no lazer para essa faixa etária.

Além disso, procuram estimular a manutenção do vínculo familiar, incentivando a presença mais amiúde da família, assim como a licença terapêutica do idoso com a possibilidade de desfrutar de um ou mais dias junto a familiares.

Quando a doença mental se instala, seja a depressão, a ansiedade, a demência, ou outra enfermidade qualquer, faz-se imprescindível a busca de atendimento profissional. O psicogeriatra e o psiquiatra geral são os profissionais capacitados para o tratamento dessa população. A procura pode ser feita tanto no sistema privado quanto na área pública, esta por meio dos CAPS.

Quando bem cuidado em casa ou numa instituição de acolhimento, o idoso tende a evoluir satisfatoriamente na linha do tempo da vida e, especificamente, da terceira idade, de forma saudável e digna.

Fonte: primeirapagina

Sobre o autor

Avatar de Redação

Redação

Estamos empenhados em estabelecer uma comunidade ativa e solidária que possa impulsionar mudanças positivas na sociedade.