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Sargento da PM é mantido preso por planejar morte de advogado em Cuiabá, decide juíza

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– A juíza Mônica Catarina Perri Siqueira, da 1ª Vara Criminal de Cuiabá, manteve a prisão do sargento da Polícia Militar Heron Teixeira Pena Vieira, acusado de arquitetar o assassinato do advogado Renato Nery. A decisão foi publicada nesta segunda-feira (29).

Heron está preso desde 7 de março e foi pronunciado a júri popular pelos crimes de homicídio qualificado e organização criminosa, junto com o caseiro Alex Roberto de Queiroz Silva, executor confesso do crime. A data do julgamento ainda não foi definida.

Na decisão, a magistrada afirmou que não surgiram fatos novos que justificassem a revogação da prisão preventiva, motivo pelo qual manteve a custódia do sargento.

“Nos termos do artigo 316, parágrafo único, do CPP, reanalisei os autos acima mencionados, especificamente quanto aos fundamentos da prisão cautelar do(s) réu(s), e constatei que não houve nenhum fato novo capaz de revogá-la(s), razão pela qual a ratifico integralmente nos termos da decisão de pronúncia”, destacou a juíza.

Renato Nery, de 72 anos, foi morto em 5 de julho do ano passado, na Avenida Fernando Corrêa da Costa, em Cuiabá, em frente ao seu escritório. O advogado foi atingido por um disparo na cabeça, chegou a ser socorrido com vida e levado ao Complexo Hospitalar Jardim Cuiabá, mas morreu horas depois.

Em depoimento, Heron apontou como mandantes o casal de empresários de Primavera do Leste Julinere Goulart Bentos e César Jorge Sechi, presos desde 9 de maio.

O sargento afirmou que o valor combinado para o crime era de R$ 200 mil, mas que apenas R$ 150 mil foram pagos e divididos entre ele e o caseiro Alex Roberto.

O policial também confirmou a participação do militar Jackson Pereira Barbosa, que é vizinho de condomínio de Julinere e César, e teria cooptado outro PM, Ícaro Nathan Santos Ferreira, que conseguiu a arma do crime.

As investigações apontaram que o casal de empresários mantinha, há anos, uma disputa judicial com Nery pela posse de terras em Novo São Joaquim, avaliadas em mais de R$ 30 milhões.

Esse processo tratava da reintegração de posse de uma área recebida por Nery como pagamento de honorários advocatícios em uma ação na qual atuou por mais de três décadas.

Fonte: odocumento

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