A safra de arroz 2025/26 no Rio Grande do Sul começa sob forte pressão de custos e com a menor rentabilidade para o produtor desde meados de 2022. De acordo com estimativas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, os preços atuais não garantem margem positiva mesmo em cenários de produtividade considerada satisfatória.
Em Uruguaiana, por exemplo, cálculos do Centro de Pesquisas apontam que uma colheita de 175,40 sacas de 50 quilos por hectare seria suficiente apenas para cobrir os custos operacionais, mas ainda resultaria em margem negativa de 29% quando considerados os custos totais de produção. Para que a atividade se torne viável, seriam necessárias produtividades acima de 245 sacas por hectare ou preços médios superiores a R$ 95,00 por saca.
Diante desse quadro, a expectativa é de redução na área cultivada no estado. Segundo o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), a temporada 2025/26 deve registrar queda de 5,2% frente ao ciclo anterior, com o cultivo limitado a pouco mais de 920 mil hectares.
A combinação de custos elevados, preços em patamares desfavoráveis e incertezas quanto à rentabilidade tende a influenciar o planejamento dos rizicultores, que avaliam alternativas para equilibrar as contas diante da instabilidade do mercado.
Fonte: cenariomt
