Economia

Roberto Campos Neto espera que sucessor nĂŁo seja julgado pela cor da camisa, declara presidente do Banco Central.

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O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse, em entrevista ao jornal O Globo, que espera que seu sucessor no comando da autarquia não seja julgado pela cor da camisa usada na hora votar, mas, sim, pelas decisÔes técnicas que tomou.

“Quem vai me suceder aqui tenho certeza que vai ter proximidade com o governo atual, que vai participar de eventos do governo atual. E espero que ele nĂŁo seja julgado por isso. AliĂĄs, eu espero que a pessoa que venha me suceder aqui nĂŁo seja julgada nem pela cor da camisa com a qual ele votou, nem pelas reuniĂ”es que ele fez, nem pelos jantares que ele fez, e sim pelas decisĂ”es tĂ©cnicas que tomou”, disse Campos Neto.

Campos Neto, que votou na eleição de 2022 usando uma camiseta amarela da Seleção Brasileira, disse que hoje “teria feito diferente”. “O voto Ă© um ato privado. NĂŁo acho que seria surpresa, as pessoas nĂŁo achariam que eu nĂŁo ia votar desta forma. Teria feito diferente, mas acho que, no fim das contas, a autonomia e a independĂȘncia se fazem pelo que eu fiz ao longo do tempo no Banco Central. Fizemos a maior alta de juros em perĂ­odo eleitoral dos paĂ­ses emergentes”, defendeu.

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Campos Neto foi alvo de intensas crĂ­ticas de Lula e de PT

Desde que o presidente Luiz Inåcio Lula da Silva assumiu o terceiro mandato, fez ataques constantes a Campos Neto, pressionando pela queda na taxa de juros e insinuando que a Selic não caía porque o presidente do BC foi indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Petistas e aliados engrossaram o coro e fizeram diversas manifestaçÔes com pedido de destituição de Campos Neto. O mandato dele se encerra neste ano, e Lula deverå indicar o novo presidente do banco.

Toda a diretoria do Banco Central, no entanto, afirma que a taxa de juros nĂŁo cai em razĂŁo da pressĂŁo inflacionĂĄria gerada, entre outros motivos, pelo excesso de gastos do governo Lula e pela falta de compromisso com a polĂ­tica fiscal.

Na entrevista a O Globo, o presidente do BC reforçou ainda que nunca falou com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, eventual cargo de ministro caso o atual governador se candidate ou seja eleito presidente.

“Nunca falei com o TarcĂ­sio que queria ser ministro de nada. Todas as vezes que discuti com o TarcĂ­sio, o que ele dizia para mim Ă©, ‘sou candidato em 2030â€Č”, disse Campos Neto. “A gente discute, sou amigo pessoal dele. Foi uma coisa que foi totalmente tirada do contexto e foi colocada uma roupagem polĂ­tica que nĂŁo houve”, complementou.


Redação , com informaçÔes da Revista

Fonte: revistaoeste

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