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Programa Mais Júri realiza 163 julgamentos em Mato Grosso em 2025: Resultados e Impacto na Justiça Criminal

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O reforço concentrado de julgamentos do Tribunal do Júri resultou em 163 sessões realizadas ao longo de 2025 em diferentes comarcas de Mato Grosso, ampliando a capacidade de resposta do Judiciário nos crimes contra a vida e impactando diretamente o volume de processos pendentes no Primeiro Grau.

A iniciativa integra o Programa Mais Júri, coordenado pela Corregedoria-Geral da Justiça do Poder Judiciário estadual, com foco em acelerar julgamentos considerados sensíveis. As sessões foram concentradas em unidades com maior acúmulo processual e ocorreram em Cuiabá, Porto Alegre do Norte, Vila Rica, Marcelândia, Sorriso e Várzea Grande.

O maior volume foi registrado em Cuiabá, onde ocorreram 70 sessões do júri. Na sequência, Porto Alegre do Norte contabilizou 52 julgamentos, enquanto Vila Rica somou 24 sessões. Já Marcelândia teve 10 júris realizados, Sorriso registrou 4 e Várzea Grande encerrou o período com 3 sessões.

Além do volume de julgamentos, os resultados também se refletiram nas decisões proferidas. Em Cuiabá, os júris resultaram em 40 condenações. Em Porto Alegre do Norte, foram registradas 19 condenações, enquanto Vila Rica contabilizou 12 decisões condenatórias, conforme informações da Corregedoria-Geral da Justiça.

O Programa Mais Júri é estruturado como uma ação permanente da Corregedoria, desenvolvida com o apoio de juízes cooperadores designados pela Presidência do Tribunal de Justiça de Mato Grosso. O modelo também envolve atuação integrada do Ministério Público, da Defensoria Pública e das equipes das unidades judiciárias das comarcas atendidas.

Segundo a Corregedoria, a estratégia permite a realização concentrada de sessões em curto espaço de tempo, sem comprometer o funcionamento regular das varas e fóruns. A concentração dos esforços busca dar vazão a processos que aguardavam julgamento pelo Tribunal do Júri, especialmente aqueles relacionados a crimes contra a vida.

Para o corregedor-geral da Justiça, desembargador José Luiz Leite Lindote, a iniciativa prioriza ações penais de maior sensibilidade social e assegura maior celeridade na prestação jurisdicional. Ele destaca que os julgamentos do júri exigem uma resposta institucional mais rápida do Estado, em razão da gravidade dos crimes analisados.

O juiz auxiliar da Corregedoria e coordenador do programa, Jorge Alexandre Martins Ferreira, avalia que a atuação conjunta entre magistrados, servidores e instituições do sistema de Justiça foi determinante para o número de sessões alcançado em 2025. De acordo com ele, o esforço integrado contribuiu para a retomada do fluxo regular dos julgamentos do Tribunal do Júri nas comarcas atendidas.

As ações desenvolvidas ao longo do ano também estiveram alinhadas às diretrizes do Conselho Nacional de Justiça, que instituiu o Mês Nacional do Júri, realizado em novembro. A medida prioriza processos com réus presos e ações penais de longa tramitação, reforçando o foco do Programa Mais Júri em dar efetividade aos julgamentos.

Fonte: cenariomt

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