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Professor com autismo encontra menino autista desaparecido: hiperfoco foi fundamental

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Professor que encontrou menino autista desaparecido também tem autismo; “hiperfoco ajudou”

O professor Marco encontrou o menino autista durante a busca na plantação de milho. - Foto: Arquivo pessoal
O professor Marco encontrou o menino autista durante a busca na plantação de milho. – Foto: Arquivo pessoal

O professor Marco Antônio de Oliveira, voluntário na busca por um menino autista, encontrou o garotinho de 4 anos que estava desaparecido em Jataí, Goiás.

No último domingo, Marco, que é professor de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Jataí, recebeu uma ligação informando sobre o desaparecimento do Miguel. O garotinho sumiu dentro de uma plantação de milho e ficou oito horas desaparecido.

O docente, que também é autista, disse que não pensou duas vezes: pegou os equipamentos e se juntou às equipes de resgate. Questionado se a condição influenciou ou atrapalhou, respondeu: “Pelo contrário, tenho hiperfoco, então só ajudou. No máximo, um pouco de irritabilidade”, disse em entrevista ao Mais Goiás.

Mobilização da população

Miguel sumiu por volta das 18h do último domingo, na região do Setor Cidade Jardim II.

A preocupação era grande, pois o pequeno está no espectro autista e tem dificuldades para responder chamados.

Bombeiros,policiais e dezenas de voluntários se uniram para vasculhar a área.

A chuva intensa que começou a cair tornou a missão ainda mais difícil.

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Momento do resgate

Por volta das 2h30 da madrugada, Marco seguiu uma intuição e decidiu ir na direção contrária ao fluxo das buscas.

Foi então que ouviu uma voz baixinha chamando “papai”. No início achou que fosse um engano, pois a informação inicial era de que Miguel não falava.

Mas ao desligar a lanterna e se concentrar no barulho, seguiu o som e encontrou o garotinho encolhido no meio da plantação!

“Eu disse para ele: ‘Meu filho, vou te levar para o seu papai. Fica quietinho que vou te buscar.”

Com calma, Marco se aproximou, deu a jaqueta que estava usando para a criança e chamou reforço no rádio.

Hiperfoco ajudou

Diagnosticado com autismo aos 36 anos, o professor contou que a condição nunca foi um obstáculo, mas sim uma ferramenta.

O hiperfoco é caracterizado por uma concentração intensa em certas atividades. Segundo Marco, o estado de concentração ajudou na busca.

O professor também garantiu que foi abençoado.

“Deus me guiou”, finalizou.

Após avaliação médica, o garotinho foi liberado sem ferimentos. – Foto: TV Anhanguera

Fonte: sonoticiaboa

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