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Procuradoria da Mulher da ALMT homenageia vítimas de feminicídio em evento simbólico: o que isso representa?

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A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) promoveu uma ação em Cuiabá para homenagear vítimas de feminicídio no estado, com o plantio de ipês roxos no Parque da Mulher Zulmira Gonçalves Meirelles. A campanha Agosto Lilás visa conscientizar sobre a violência contra as mulheres.

Texto gerado pela Alê, nossa inteligência artificial.

Ipês roxos, símbolo de resistência e esperança, plantados no Parque da Mulher Zulmira Gonçalves Meirelles, em Cuiabá, são homenagem às vítimas de feminicídio no estado. Por meio da Procuradoria Especial da Mulher, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) promoveu a ação na manhã desta sexta-feira (8), como parte da campanha Agosto Lilás, voltada ao enfrentamento à violência contra as mulheres e conscientização a respeito do problema.

O ato simbólico reuniu, além de autoridades, familiares de vítimas de feminicídio e pessoas que compartilharam relatos de abusos sofridos e presenciados. Entre os presentes, estava Sandra Cattani, mãe de Raquel Cattani, jovem de 26 anos assassinada em julho do ano passado em Nova Mutum, a mando do ex-marido, conforme a investigação policial. 

“A violência contra a mulher começa dentro da própria casa. Pode começar com um xingamento, uma agressão psicológica. Isso vai tomando força, começam os tapas, a agressão. Isso não pode mais acontecer. A mulher tem de procurar ajuda. Aqui em Cuiabá agora temos a Procuradoria da Mulher da Assembleia. Então, é muito importante que as vítimas busquem esses canais de atendimento”, afirmou Sandra Cattani. 

Alenir Gomes da Silva também participou da ação em homenagem à filha vítima de feminicídio. Aline Gomes de Souza foi morta a facadas pelo marido aos 20 anos, em Cuiabá, no ano de 2020. 

“Eu acho que esses eventos são muito importantes. Espero que tenham outros, pois isso vai chamar mais atenção para o tema. Hoje está um caos. Todo dia uma mulher morre e não tem explicação. Fica para nós a dor eterna. No meu caso, eu perdi minha filha no início da vida. É uma dor que nunca vai passar. E eu falo por mim e pelas outras famílias que perderam suas filhas. Então, muita coisa precisa ser feita ainda para que isso pare. Nossas mulheres estão partindo assim, sem explicação”, disse. 

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Foto:
MARCOS LOPES/ALMT

A procuradora especial da Mulher da ALMT, deputada Janaina Riva (MDB), ressaltou que é necessário buscar alternativas para combater esse tipo de violência. “O desafio é entender qual é o caminho para corrigir essa violência tão grande de homens contra mulheres. Aqui nós ouvimos diversas opiniões e o que é unânime é que precisamos nos preparar para o futuro, ensinar as novas gerações a respeitarem as meninas e as mulheres. Eu não acho que o problema neste momento sejam as penas dos crimes, até porque as penas foram aumentadas e os crimes aumentaram junto com elas”, avaliou.

A subprocuradora da Mulher, Francielle Brustolin, reforçou a posição da parlamentar. “A Procuradoria da Mulher da Assembleia Legislativa acredita muito no poder da mudança de mentalidade através da educação. Isso também acontece em eventos que trazem a temática para ser debatida, seja pelo poder público, pelos participantes e também por toda a comunidade que é envolvida”, declarou.

Na mesma linha, argumentou a defensora pública-geral do estado, Luziane Castro. “Esse é um ato simbólico, mas de grande representatividade, especialmente em Mato Grosso, que ainda registra números extremamente desagradáveis, que fazem o estado ser campeão em feminicídio. São marcos que reforçam a importância de discutir diariamente a violência contra a mulher. Não é apenas um mês: precisamos falar sobre isso todos os dias, especialmente no que se refere à educação e à formação de jovens e crianças, para que possamos mudar esse cenário e essa cultura, e acabar com essa triste realidade em nosso estado”, concluiu. 

O procurador-adjunto da Mulher, deputado Valdir Barranco (PT), participou do evento e destacou a importância da conscientização dos homens. “Temas como o patriarcado, o machismo estrutural e a ideia de que a mulher é propriedade do homem precisam ser trabalhados. Não é questão de legislação, a Lei Maria da Penha completou ontem 19 anos. Nós temos uma pena mais dura para os agressores de mulheres. Hoje, quem comete feminicídio pode ficar até 40 anos preso e isso não está sendo suficiente. Além da lei, precisamos de orientação, formação e atendimento à mulher”, sustentou.

Fonte: al.mt.gov.br
Autor: Secretaria de Comunicação Social

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