O Procon Municipal de Cuiabá notificou o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Mato Grosso (Sindipetróleo) para que o órgão explicasse o aumento repentino nos preços dos combustíveis na capital. Em reunião realizada nesta terça-feira (12), o sindicato atribuiu o reajuste a três fatores principais: o preço do petróleo (definido pela Petrobras), a cotação do dólar e o custo do frete.
Segundo o presidente do Sindipetróleo, Claudyson Martins Alves, o aumento de cerca de R$ 0,20 no litro do etanol na última sexta-feira (8) foi um repasse de reajustes que já vinham ocorrendo gradualmente nas últimas semanas. A justificativa é que os postos só repassaram o aumento quando o estoque antigo foi completamente substituído por um novo, comprado por um preço mais alto.
O Sindipetróleo informou que os postos não têm interesse em aumentar os preços e que alguns já estão reduzindo o valor do litro. A advogada do sindicato acrescentou que o recente aumento no teor de etanol anidro na gasolina poderia, a longo prazo, levar à redução no preço da gasolina. No entanto, ela ressaltou que a expectativa é de que o custo de aquisição junto à distribuidora se mantenha elevado, devido à alta do dólar e às políticas da Petrobras.
Após a reunião, a secretária-adjunta do Procon, Mariana Almeida Borges, afirmou que o órgão vai realizar uma força-tarefa com a Agência Nacional do Petróleo (ANP) para fiscalizar os postos da capital. O objetivo é verificar se os estabelecimentos só repassaram o aumento depois de esgotarem o estoque antigo. O Procon irá analisar as informações e decidir se tomará novas medidas no caso.
Fonte: cenariomt