Campo Grande tem 24h para apresentar dados e o plano de contingência da saúde, de acordo com ofício emitido pela DPE-MS (Defensoria Pública Estadual). O documento foi enviado nesta quinta-feira (11), após denúncias apontarem falta de remédios, insumos e exames na rede pública de saúde da capital.
Segundo o NAS (Núcleo de Atenção à Saúde), da defensoria, Campo Grande está em iminente colapso, devido ao desabastecimento generalizado de medicamentos e insumos básicos, tanto na atenção primária quanto nos serviços de urgência e emergência.
“O aumento expressivo na busca por medicamentos, muitos deles de atenção básica que não são de alto custo, evidencia que a rede pública não está conseguindo dar conta das demandas essenciais da população. As unidades de pronto atendimento e os Centros Regionais de Saúde estão completamente desabastecidos de insumos básicos, medicamentos e materiais necessários para assistência”, afirmou.
Denúncias apontam que o município não possui estoque de adrenalina, medicamento indispensável para ocorrências graves.
“A falta desse insumo é extremamente preocupante, especialmente em um período reconhecido pelo aumento de casos de infartos e outras intercorrências cardíacas. Toda a população está vulnerável: desde usuários do SUS até autoridades e integrantes do poder público. Isso indica possíveis mortes evitáveis”, alertou a coordenadora.
Diante da situação, o município foi oficializado a apresentar dados e o plano de contingência, para enfrentar o problema latente nas unidades de saúde.
“Não se trata de construir agora um planejamento novo. Um plano já deveria existir, pois a aquisição de medicamentos não ocorre da noite para o dia. Basta informar. Caso não haja resposta ou se o que for apresentado não for minimamente aceitável, a Defensoria irá avaliar medidas jurídicas emergenciais, inclusive acionando o Ministério Público do Estado”, explicou a defensora
Outro ponto trazido pelo órgão é o aumento significativo na taxa de ocupação hospitalar, o que demonstra que a rede básica de saúde está falhando em absorver os atendimentos iniciais, sobrecarregando unidades de maior complexidade.
“Quando a atenção básica não funciona, o sistema inteiro sofre. E é isso que estamos constatando: a rede não está conseguindo fazer frente às necessidades da população”, afirmou.
Fonte: primeirapagina






