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Política

Possível participação de vereadores em esquema de propina na Câmara de Cuiabá: Inquérito revela envolvimento além do esperado

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A investigação conduzida pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), que culminou na “Operação Perfídia”, aponta que além dos alvos centrais, os vereadores Chico 2000 (PL) e Sargento Joelson (PSB), demais parlamentares podem estar envolvidos em esquema de recebimento de propina de empreiteira.

A possibilidade surge no inquérito como justificativa para as apreensões de aparelhos celulares, computadores e demais produtos eletrônicos pertencentes aos legisladores que foram afastados do cargo na terça-feira (29). 

– Tratativas de propina de R$ 250 mil entre empreiteira e vereadores foram por WhatsApp, demonstra inquérito

“Também é possível identificar outros envolvidos nas infrações penais, notadamente em virtude do fato que o vereador Joelson aduziu ao intermediador João Jorge que o montante recebido também seria destinado a outros parlamentares para garantir quórum necessário para a aprovação do projeto que permitia o parcelamento de dívidas em sessão da Câmara. O que permitira, em tese, o pagamento pelo município, de valores devidos à empresa HB20”, diz trecho.

Ocorre que os vereadores são acusados de cobrar propina para viabilizar a aprovação de pagamentos à Construtora HB20 pela execução das obras do Contorno Leste, em Cuiabá. Conforme as movimentações bancárias, até o momento foi identificado que a dupla teria recebido R$ 250 mil da empresa, parte paga via pix, enquanto o restante foi entregue pessoalmente na Câmara Municipal. 

Por isso, a argumentação da Justiça sobre a necessidade de buscas e apreensões tanto na residência dos investigados como em seus respectivos gabinetes na Casa de Leis. Como o projeto que favorecia a construtora passou pelo crivo da maioria dos vereadores, a investigação demonstra a possibilidade de que demais parlamentares possam estar envolvidos.

A Justiça determinou ainda a verificação das imagens das câmeras de segurança da Câmara Muncipal ao longo de 2023 e 2024 para apontar tanto o nome de novos vereadores como representantes da empresa que ainda não foram citados, mas que também podem integrar o esquema.

“A representação policial apresenta elementos que indicam que a Câmara Municipal, em especial os gabinetes dos vereadores investigados, foram utilizados como palco para as negociações ilícitas e para a entrega de parte da propina”.

Fonte: leiagora

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