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Ciência & Saúde

Por que Marte é vermelho? Descubra a nova teoria em estudo

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O quarto membro do Sistema Solar é conhecido como planeta vermelho. A alcunha foi pensada pelos romanos antigos, que chamavam o planeta pelo nome de seu deus da guerra, Marte. Os egípcios antigos também apelidaram a bolota vermelha no céu fazendo menção à sua cor.

Marte é um planeta coberto por minerais de ferro oxidados. Semelhante àqueles brinquedos de pracinhas, que ficam enferrujados nas extremidades e cobertos pelo tom avermelhado, a ferrugem cobriu a superfície do corpo celeste, se espalhando nos últimos bilhões de anos junto a toda a poeira do planeta. 

Há algum tempo, cientistas tentam descobrir a origem dessa ferrugem. Até então, imaginava-se que ela teria surgido depois que a água marciana desapareceu (o planeta já teve um passado azul). Porém, um novo estudo sugere que a ferrugem teria se formado como consequência dos tempos molhados do planeta – e não da atualidade árida. Isso teria resultado em ferrihidrita, um óxido de ferro que contém água. Para os pesquisadores, esse elemento se aproximaria mais ao tom de vermelho do planeta.

“Ainda não sabemos a localização da fonte original da ferrihidrita antes de ser distribuída globalmente por tempestades de poeira, a composição química exata da atmosfera de Marte quando a ferrihidrita se formou ou o momento preciso da oxidação de Marte”, disse o autor do estudo publicado na Nature Communications, Adomas Valantinas, ao site americano Live Science.

A teoria questiona uma ideia anterior, que dizia que Marte seria vermelho pela presença de hematita, outro óxido de ferro. Este se forma em condições secas, como na situação atual do planeta. Porém, existiam poucas análises do material do solo de Marte.

Os cientistas do estudo usaram dados de três espaçonaves em órbita e de três rovers da NASA. Eles criaram réplicas de poeira marciana com grãos minúsculos e, ao analisá-la, descobriram que ela se assemelha a ferrihidrita, uma substância formada quando Marte era aquoso.

“A ferrihidrita requer água líquida e se forma rapidamente sob condições frias, úmidas e oxidantes, tipicamente em pH circumneutro. A hematita, em contraste, pode se formar em condições quentes e secas por meio de processos lentos de intemperismo químico”, disse Valantinas ao site americano.

Além disso, ele diz que a descoberta fornece uma nova linha do tempo da habitabilidade de Marte, que pode ter hospedado uma vida microbiana próspera. “A descoberta sugere que Marte passou por períodos de alteração aquosa — condições frias e úmidas com química ativa — antes de transitar para seu atual estado desértico.”

Missões futuras devem fornecer mais dados para a pesquisa, principalmente quando os rovers marcianos voltarem à Terra. “Quando levarmos essas amostras preciosas ao laboratório, seremos capazes de medir exatamente quanta ferrihidrita a poeira contém e o que isso significa para nossa compreensão da história da água — e da possibilidade de vida — em Marte”, disse Colin Wilson, cientista de projeto da TGO e da Mars Express da ESA, em um comunicado.

Fonte: abril

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