O governo do presidente luiz inácio lula da silva se manifestou, nesta terça-feira, 1º, sobre as operações militares de Israel, que iniciou há dois dias incursões por terra no sul do Líbano. Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores acusou o país de violar o Direito Internacional. O órgão não mencionou o ataque massivo de mísseis do Irã contra os israelenses.
“O governo brasileiro acompanha, com grave preocupação, as operações militares terrestres do Exército de Israel no Sul do Líbano, em violação ao Direito Internacional, à Carta da ONU e a resoluções do Conselho de Segurança”, diz trecho da nota do Itamaraty. “O Brasil insta Israel a interromper imediatamente as incursões terrestres e os ataques aéreos a zonas civis densamente povoadas naquele país.”
Ainda no comunicado, o governo apela por um cessar-fogo “permanente e abrangente” e conclama a comunidade internacional para que utilize todos os instrumentos diplomáticos possíveis para de conter o agravamento do conflito no Oriente Médio.
O ministério reiterou que a embaixada brasileira na capital libanesa, Beirute, está monitorando a situação dos cidadãos nacionais na região. Essas pessoas poderão contar com assistência consular.
Nesta quarta-feira, 2, um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) vai decolar da Base Aérea do Aeroporto do Galeão, no rio de janeiro, rumo ao Líbano, para repatriar um grupo de brasileiros. Pelo menos 220 passageiros devem embarcar na aeronave.
“O governo brasileiro reitera o alerta para que todos deixem as áreas conflagradas, sigam as orientações de segurança das autoridades locais e, para os que disponham de recursos para tanto, procurem deixar o território libanês por meios próprios”, avisou o Itamaraty.
Em caso de necessidade, o número de plantão consular do Itamaraty é o +55 (61) 98260-0610 (com WhatsApp).
Na noite de ontem, a Guarda Revolucionária disparou 181 mísseis balísticos, como o Shahab-3, contra o território israelense. Essas armas possuem alto potencial destrutivo e podem atingir velocidades hipersônicas. Israel conseguiu interceptar a maioria dos projéteis, com a ajuda de navios de guerra norte-americanos e da defesa antiaérea da Jordânia.
Os militares garantiram que não houve nenhum ferido pelos mísseis no ataque em solo israelense. Foram empregados os sistemas Arrow (flecha), que atinge os projéteis a longa distância, e o Domo de Ferro, de curto alcance.
A única morte registrada foi a de um palestino da Faixa de Gaza, que andava em Jericó, na Cisjordânia.
O ataque do Teerã ocorreu depois das mortes de líderes do grupo terrorista Hamas em ataques israelenses e da escalada do conflito contra o Hezbollah no Líbano.
Fonte: revistaoeste