A cerimônia de casamento de Yasmin Bonilha, filha de Ivan Bonilha, corregedor-geral do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR), ganhou destaque nas redes sociais principalmente por seu luxo e local: Museu Oscar Niemeyer, em . A área, chamada “Olho”, normalmente está indisponível para eventos privados.
A deputada federal Carol Dartora (PT-PR) questionou o uso do espaço público para o evento. Em ofício à Secretaria de Cultura, a parlamentar mencionou a restrição à locação do “Olho” e pediu, assim, explicações sobre o uso do local para um casamento, alegando possível irregularidade.
Casamento “chiquetérrimo “ da filha do Presidente do Tribunal de contas do PR!
Corrupção escancarada na nossa cara!
Políticos enriquecem e nós pagamos as contas desses FDP !
No presídio presos políticos inocentes comem larvas na comida estragada ,água restrita a mando do Ditador! pic.twitter.com/b91YpZSdwY— Thelma Dias🇧🇷Me sigam Patriotas ..Deus abençoe! (@ThelmaDias10) November 1, 2024
Dartora destacou que o museu oferece outras áreas para eventos, como o Vão-Livre, o Chão de Vidro, o Salão de Eventos e o Auditório Poty Lazzarotto. Contudo, o espaço específico onde ocorreu o casamento não está disponível para aluguel, segundo as normas da instituição.
Desse modo, a deputada também solicitou acesso aos contratos com a Associação dos Amigos do MON, organização que poderia ter autorizado o evento. Ela busca verificar quem permitiu primeiramente a realização do casamento no local e sob quais condições.
Nas redes, o evento recebeu muitas críticas, com internautas associando o caso à corrupção. Comentários como “” se espalharam, gerando debate e indignação sobre o uso de espaços públicos para eventos privados.
Um dos maiores museus da América Latina, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, com um acervo de 14 mil obras e 35 mil metros quadrados de área construída, o , de Curitiba (PR), é patrimônio público, vinculado à Secretaria de Estado da Cultura do governo do Estado.
A secretaria destinou R$ 3,1 milhões ao MON em 2024. Isso teria causado polêmica, haja vista ter sido a primeira celebração de um casamento privado no espaço museológico do MON. Órgãos do patrimônio paranaense tombaram o local. Há estudos de tombamento pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
No casamento ocorrido em 12 de outubro, os convidados foram recepcionados na parte da frente do museu. O espaço recebeu algumas interferências cenográficas para a festa. Entre eles, adesivagem do piso da rampa e fechamento das paredes do salão com tecido que imitava estampas de tecidos tradicionais árabes (reproduzindo um cenário das Mil e Uma Noites, com colunatas e portais).
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Fonte: revistaoeste