Conteúdo/ODOC – O governador Mauro Mendes (União) afirmou que espera os desdobramentos das investigações da Operação Suserano para que sejam adotadas eventuais novas medidas. Segundo ele, tudo o que estava ao alcance de sua gestão “já foi feito”.
A operação investigou supostos desvios na aquisição de kits de equipamentos agrícolas em termos firmados entre a Seaf (Secretaria de Agricultura Familiar) e o Instituto de Natureza e Turismo Pronatur, cujos recursos vinham de emendas parlamentares.
O caso gerou a demissão de Luluca Ribeiro (MDB) do comando da Seaf. Depois, ele foi alvo de buscas da operação. “Toda investigação continua independente da opinião do governador”, resumiu Mendes ao ser questionado sobre o assunto na última sexta-feira (27).
“O que o governo tinha que fazer já fez lá atrás. Agora, as investigações não dependem do governo e do governador. Existem órgãos autônomos. A CGE é autônoma, as delegacias são autônomas. Eu não interfiro. Eles têm que fazer o trabalho deles e eu o meu”, acrescentou.
Mendes evitou repetir a frase dita pelo vice, Otaviano Pivetta (Republicanos), que falou em “cortar na própria carne” com a demissão de Luluca. “Nós tínhamos algumas informações e elementos que apontavam que algo que não correto estava acontecendo ali. Imediatamente, tomamos decisões e tomarei tantas quantas tiver informações cercadas de evidências”, afirmou.
“Eu mando checar todas as informações. E passo para frente, meu papel não é fazer investigação, mas encaminho e faremos isso em qualquer secretaria”, completou.
O esquema
Uma denúncia anônima foi o que desencadeou a Operação Suserano, que investiga um esquema na liberação de emendas parlamentares na Secretaria Estadual de Agricultura Familiar.
Segundo as investigações, um servidor usou o sistema Fale Cidadão, do Governo do Estado, para denunciar possíveis irregularidades na aquisição de kits de ferramentas na Pasta. O Fale Cidadão permite que se faça denúncias por meio de anonimato.
Após receber a denúncia, a CGE realizou uma auditoria especial e depois encaminhou o caso aos órgãos de controle.
As investigações foram realizadas pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor).
Uma das conclusões das investigações é que a principal fornecedora de produtos para os termos de fomento é a Tupã Comércio e Representação, que pertence ao chapeiro Euzenildo Ferreira da Silva. Segundo as investigações, ele seria laranja do empresário Alessandro do Nascimento, considerado um dos líderes do esquema.
Fonte: odocumento