Jair Bolsonaro está determinado a trabalhar pela liberdade dos presos no 8 de janeiro de 2022 que permanecem no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. O ex-presidente atua na aprovação do , que pretende perdoar condenados pelas invasões às sedes dos Três Poderes.
Em entrevista ao jornal O Globo publicada nesta quarta-feira, 30, Bolsonaro admitiu que as chances de o PL obter êxito são pequenas. No entanto, ele afirmou que os envolvidos no pedido de anistia estão dispostos a negociar, fazer ajustes no documento e encontrar uma saída para os detidos.
“Tudo bem se a gente tiver que chegar no meio-termo”, disse o representante da direita. “O que interessa é tirar esse povo da Papuda e colocar na rua”.
Ele culpou o PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pela resistência do Congresso em avançar nessa pauta. Segundo Bolsonaro, os petistas se opõem à discussão sobre a anistia.
O ex-presidente acredita que é melhor tentar reverter o clima desfavorável aos presos durante a gestão do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), do que aguardar a próxima eleição. Para ele, apesar de os candidatos à presidência apoiarem a anistia por razões humanitárias, a postura desfavorável do PT complica a discussão.
Segundo o jornal, Bolsonaro aceitou o recuo de Arthur Lira sobre a pauta, mas, ainda assim, decidiu lutar pela anistia. Ele pretende usar as dez sessões da comissão, agendadas pelo presidente da Câmara, para levar familiares dos detidos a prestarem depoimentos.
A intenção de Bolsonaro é gerar um impacto político no Congresso e mobilizar seus apoiadores para pressionarem os parlamentares a aprovarem a anistia, mesmo que não obedeça à íntegra da proposta original. O projeto atual prevê anistia total aos presos de 8 de janeiro, o que anularia as medidas restritivas.
“Com as famílias contando suas histórias, eu sou capaz de apostar que em mais 30 ou 40 dias tem clima”. A expectativa é que essa estratégia crie um ambiente favorável para a aprovação da anistia.
Fonte: revistaoeste