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Política

Análise da PEC do Marco Temporal é adiada para outubro após pedido de vista

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O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), concedeu, nesta quarta-feira, 10, um pedido de vista, até outubro deste ano, para Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 48/2023, que fixa a tese do marco temporal na Carta Magna.

A decisão ocorreu depois de o líder do governo no Senado, (PT-BA), pedir a retirada o item de pauta. O senador baiano fez uso da palavra depois que o relator do texto, senador Esperidião Amin (-SC), leu o parecer.

Jaques então usou como justificativa a iniciativa do Supremo Tribunal (STF) que inaugurou uma mesa de conciliação em torno do tema. Ele pediu que os parlamentares aguardassem o parecer da mesa de conciliação, que contará com a presença de parlamentares do Judiciário e do Executivo.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), Ao justificar sua decisão, Alcolumbre mencionou as declarações de Pacheco, dizendo que ele busca uma “construção institucional entre Legislativo, Executivo e Judiciário”.

“É o que falta em muitos problemas no Brasil: construção política institucional de alto nível, um olhando nos olhos do outro e pedindo que cada um cumpra as próprias atribuições”, disse Alcolumbre.

Alcolumbre então concedeu oportunidade para os membros da CCJ manifestarem seus posicionamentos com relação à PEC. Senadores da oposição criticaram a possibilidade da retirada, alegando que não haveria mais nada para discutir com o STF, pois a PEC do Marco Temporal está no âmbito do Parlamento. Então, Alcolumbre concedeu vista coletiva até outubro de .

Em sua fala, Jaques se referia ao ministro Gilmar Mendes, do STF, que negou pedido para suspender a lei que validou o marco temporal. Ele determinou que o tema vai ser discutido em audiências de conciliação, que devem ser realizadas até dezembro. A primeira reunião foi marcada para 5 de agosto.

A PEC do Marco Temporal estabelece que um território indígena só pode ser demarcado se houver uma comprovação de que o requerente estava no local quando a Constituição Federal foi promulgada, em 5 de outubro de 1988. A PEC do Marco Temporal é relatada pelo senador Esperidião Amin (PP-SC).

Na justificativa da PEC, Amin menciona a , que, posteriormente, foi aprovada pelo Congresso em forma de projeto de lei.

O presidente até chegou a vetar trechos do projeto, incluindo a parte que instituía a tese de tempo,

No relatório, Amin trata a PEC do Marco Temporal como uma tentativa do Congresso de tentar colocar um “fim, em nível constitucional, à controvérsia que tanta insegurança jurídica tem gerado”.

O texto não será necessariamente votado na quarta-feira, mas o relator pode ler o parecer, e outros senadores podem pedir vista — mais tempo para análise –, deixando a apreciação da PEC do Marco Temporal para depois do recesso parlamentar, que termina em agosto.

Se aprovada na CCJ, a PEC do Marco Temporal segue para o plenário da Casa, onde precisará de 49 votos, em dois turnos, para ser aprovada e encaminhada à Câmara dos Deputados.

Fonte: revistaoeste

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