Politec amplia identificação de pessoas desaparecidas ao cadastrar 356 novos perfis genéticos no Banco de Perfis Genéticos entre janeiro e a primeira quinzena de dezembro de 2025, conforme dados oficiais divulgados pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) em conjunto com a Polícia Civil.
A iniciativa resultou na identificação de 29 pessoas que estavam com identidade desconhecida, a partir da comparação de DNA com familiares de desaparecidos no Mato Grosso.
Conforme apurado pela reportagem, o trabalho é resultado da atuação integrada entre a Politec e a Polícia Civil, especialmente em casos de mortes com identidade desconhecida. Nessas situações, exames periciais e o confronto genético tornam-se fundamentais para devolver nome e história às vítimas, garantindo também a continuidade das investigações criminais.
O desaparecimento de pessoas é um fenômeno complexo que envolve desde ações preventivas até esforços prolongados de busca e identificação. A identificação genética é um dos métodos mais seguros de identificação humana, reconhecido internacionalmente e adotado pelas polícias científicas brasileiras.
Projeto Ampara e avanço nos resultados
Em 2025, a integração dos sistemas de busca de pessoas desaparecidas foi fortalecida com o Projeto Ampara (Atendimento Multiprofissional para Apoio e Respostas aos Ausentes). Segundo nota oficial da Polícia Civil, o projeto unificou informações de boletins de ocorrência e dados de coleta genética, permitindo contato direto com familiares que ainda não haviam realizado a doação de material genético.
A escrivã-chefe do Núcleo de Pessoas Desaparecidas da Polícia Civil de Mato Grosso, Jannaína Paula Brito de Souza Silva, destacou que a identificação de pessoas desaparecidas depende diretamente da perícia científica. “Em situações extremas, como cemitérios clandestinos utilizados por facções criminosas, muitas vítimas são encontradas sem documentos. O que devolve a identidade e a dignidade a essas pessoas é o trabalho científico por meio do DNA”, afirmou.
Restos mortais aguardam identificação
Atualmente, 234 restos mortais não identificados aguardam análise genética no Estado. Mesmo quando o desaparecimento ocorre fora de Mato Grosso, o material pode ser confrontado nacionalmente por meio da Rede Integrada de Banco de Perfis Genéticos, sistema coordenado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Os perfis genéticos extraídos de restos mortais ou de pessoas sem identificação são comparados com amostras de familiares ou materiais de referência direta do desaparecido, como dentes de leite, cordão umbilical, próteses dentárias ou peças íntimas.
Como funciona a doação de DNA
A doação deve ser feita preferencialmente por familiares de primeiro grau — pais, filhos ou irmãos. O procedimento é simples, rápido e indolor, realizado por meio da coleta de saliva na parte interna da bochecha, segundo orientações técnicas da Politec.
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Fonte: cenariomt






