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Polícia Federal Argentina prende agente por golpe do Boa Noite, Cinderela em Buenos Aires

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Via @jornaloglobo | Cabo da Polícia Federal Argentina (PFA), Micaela Alejandra Garrido, de 29 anos, exercia suas funções na Rodoviária de Retiro, bairro de Buenos Aires. Foi nesse local de trabalho que a mulher acabou detida por suposto envolvimento em um esquema de aplicação do golpe “Boa noite, Cinderela”, modalidade criminosa na qual vítimas são dopadas com soníferos para serem roubadas.

O caso foi divulgado por fontes judiciais e policiais ao jornal argentino La Nacion. Embora o caso tenha vindo à tona recentemente, a suspeita foi presa por agentes da polícia da província de Buenos Aires em meados de janeiro.

Micaela foi acusada do crime de roubo duplamente qualificado, por ter sido cometido em local público e em grupo e por seu status como integrante de uma força policial. Atualmente, a criminosa está detida na Unidade 59 do Serviço Penitenciário da Província de Buenos Aires (SPB), em Merlo.

A investigação que levou a policial à prisão começou após a denúncia de uma vítima, um morador de Dique Luján, em Tigre.

A denúncia

O jovem, de 30 anos, compareceu ao destacamento policial de Villa La Ñata em 14 de dezembro para relatar que havia sido roubado em sua casa. Três jovens que ele conheceu na madrugada em uma boate em Palermo roubaram seu Renault Sandero, violões acústicos e elétricos, amplificadores, equipamentos de som, um celular e sua carteira de couro.

Ao detalhar o ocorrido, a vítima contou que ele e um amigo foram a uma boate em Palermo, perto da Praça Serrano, para assistir a um show de DJ.

“Comecei a conversar com um grupo de garotas. Me dei bem com uma de cabelos escuros, por volta dos 30 anos, que se apresentou como Flor. Outra era loira, tinha uma tatuagem no braço direito e em um dos dedos. A terceira, de cabelos ruivos, era a mais jovem das três”, relatou a vítima em sua denúncia.

Ao saírem da boate, as três jovens sugeriram continuar a noite em outro lugar. A vítima propôs irem ao rio, em Villa La Ñata, em Tigre, pois ficava perto de sua casa.

No caminho, passaram por Ingeniero Maschwitz, em Escobar, para deixar o amigo da vítima, que preferiu não seguir porque estava em um relacionamento.

“Fui sozinho com as três garotas para minha casa, buscar bebidas e depois irmos ao rio”, lembrou a vítima. No entanto, os planos mudaram, e ele acabou indo para o quarto com a jovem que se apresentava como Flor.

Vodka e água tônica

“Nos beijamos e ficamos juntos por alguns minutos. As outras duas ficaram na sala. Quando saí do quarto, vi que elas brincavam com meus instrumentos musicais e se filmavam com um celular. Disse que não eram brinquedos. A garota de cabelos ruivos me ofereceu um copo com vodka e água tônica. Dei um gole”, contou o jovem à polícia.

Depois, voltou para o quarto para ter relações com a mulher de cabelos escuros. Nesse momento, a loira entrou. Ele, então, adormeceu.

Já eram cerca de 10h quando dormiu. Acordou pouco antes das 15h, atordoado. Estranhou, pois não havia bebido tanto para estar de ressaca. Ao sair do quarto, percebeu que a casa estava revirada e que faltavam suas guitarras — uma delas autografada —, amplificadores, pedais, seu celular, sua carteira e seu carro. Ele havia sido vítima de um “boa noite, Cinderela”.

Após a denúncia, o promotor-geral adjunto de San Isidro, Cosme Iribarren, assumiu o caso junto com seu colega Patricio Ferrari, que também conduz a acusação pública no julgamento pela morte de Diego Maradona.

Com a ajuda de investigadores da Subdelegacia Departamental de Investigações (SubDDI) de Tigre, da Estação de Polícia Departamental de Tigre, subordinada à Superintendência de Segurança da Região Amba Norte I, e de operadores do Centro de Operações Tigre (COT), comandados pelo comissário Luca Borge, o promotor Iribarren e sua equipe conseguiram identificar as suspeitas.

Instrumentos à venda na internet

Poucos dias após o roubo, a vítima percebeu que alguns de seus instrumentos estavam à venda. A vendedora havia deixado um número de telefone vinculado a um perfil no Facebook. Foi então que o jovem lembrou que a garota loira havia mencionado que era manicure.

Com base no perfil do Facebook e na publicação dos instrumentos roubados, foram identificadas duas linhas telefônicas que, na madrugada do crime, estavam ativas em Palermo, Tigre e Villa Lugano.

Ou seja, após o roubo, as suspeitas seguiram para Villa Lugano. Foi nesse bairro de Buenos Aires que o veículo da vítima foi encontrado abandonado.

“Para avançar na investigação, foram fundamentais a análise de imagens de câmeras de segurança públicas e privadas e operações de vigilância encobertas”, informaram fontes do caso ao jornal argentino La Nacion.

Após confirmarem que Garrido trabalhava em um posto da PFA na Rodoviária de Retiro, agentes da polícia da província de Buenos Aires, com apoio de policiais da Divisão de Assuntos Internos da PFA, a prenderam em seu local de trabalho.

Também foi realizada uma busca em uma residência de Villa Lugano para capturar a golpista de cabelos ruivos, mas ela não foi achada.

Por La Nacion — Buenos Aires
Fonte: @jornaloglobo

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