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PGR manifesta solidariedade a Moraes após sanções dos EUA: Entenda o caso

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A Procuradoria-Geral da República (PGR) publicou nota nesta quarta-feira, 30, na qual se manifestou sobre a aplicação da Lei Magnitsky, pelos EUA, contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

O órgão, cujo chefe é Paulo Gonet, expressou “assombro” com a sanção, reiterou “solidariedade” ao magistrado e destacou a “exatidão” das decisões de Moraes e do STF.

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Diz a nota: “A Procuradoria-Geral da República recebe com assombro a notícia da imposição por Estado estrangeiro de sanção ao eminente Ministro Alexandre de Moraes pelo desempenho de suas funções jurisdicionais. Manifesta solidariedade ao Ministro, ao Supremo Tribunal Federal e ao Judiciário brasileiro. Renova o reconhecimento da exatidão técnica das deliberações do Supremo Tribunal Federal e dos seus integrantes”.

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Paulo Gonet, assim com Moraes e outros sete ministros do STF, foi sancionado pelos EUA em 18 de julho, com a cassação de visto aos EUA. O presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, já viu sua afetada depois da decisão norte-americana.

Moraes foi sancionado pelos EUA — a maior democracia do mundo — em razão das seguidas decisões questionáveis que deu ao longo dos últimos anos, chanceladas pela maioria dos demais ministros da Corte. A Lei Magnitsky é aplicada contra quem age em desacordo com as regras internacionais de direitos humanos, violando garantias individuais ou direitos fundamentais, como a liberdade de expressão.

Relator dos casos do 8 de janeiro, ele impôs penas de prisão de até 17 anos a manifestantes, negou liberdade a pessoas idosas e doentes, recusou-se a analisar pedidos de liberdade, o que, no caso de Cleriston Pereira da Cunha, o Clezão, resultou em sua morte na cadeia. Advogados de vários réus do 8 de janeiro já levaram as decisões de Moraes, que consideram ilegais, a órgãos internacionais de direitos humanos.

Ministro Alexandre de Moraes em Sessão plenária do STF (12/6/2025) | Foto: Ton Molina/STF
Ministro Alexandre De Moraes Em Sessão Plenária Do Stf — 12/6/2025 | Foto: Ton Molina/Stf

Além disso, o ministro mandou retirar do ar dezenas de perfis acusados de fake news, bloqueou a plataforma de vídeos Rumble no Brasil e deixou o X (antigo Twitter) fora do ar por 38 dias. Nos EUA, esses atos são de censura, o que é absolutamente proibido na legislação norte-americana. No Brasil, a lei também proíbe a censura prévia e retirar ou bloquear perfis inteiros e não um conteúdo específico se configura com censura prévia.

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Ao comunicar a sanção a Moraes, .

“Alexandre de Moraes assumiu a responsabilidade de ser juiz e júri em uma caça às bruxas ilegal contra cidadãos e empresas norte-americanas e brasileiras”, disse o secretário do Tesouro, Scott Bessent . “De Moraes é responsável por uma campanha opressiva de censura, detenções arbitrárias que violam os direitos humanos e processos politizados — inclusive contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. A ação de hoje deixa claro que o Tesouro continuará a responsabilizar aqueles que ameaçam os interesses dos EUA e as liberdades de nossos cidadãos.”

A nota também destaca a prisões prolongadas e abusivas e as ordens de censura. “Moraes investigou, processou e reprimiu aqueles que se envolveram em discursos protegidos pela Constituição dos EUA, submetendo repetidamente as vítimas a longas prisões preventivas sem apresentar acusações. Por meio de suas ações como ministro do STF, de Moraes minou os direitos de brasileiros e norte-americanos à liberdade de expressão. Em um caso notável, de Moraes deteve arbitrariamente um jornalista por mais de um ano em retaliação por exercer liberdade de expressão”, afirmou o Tesouro dos EUA.

Fonte: revistaoeste

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