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Política

PF solicita extensão de investigação sobre vazamento de conversas do gabinete de Moraes

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Grupo do Whatsapp Cuiabá

A Polícia Federal pediu na segunda-feira 17 a prorrogação do inquérito que investiga o vazamento de conversas entre assessores e ex-auxiliares de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). A justificativa da PF é que ainda restam diligências para esclarecer o caso completamente.

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A investigação começou em agosto, depois de a Folha de S.Paulo divulgar diálogos no WhatsApp entre Eduardo Tagliaferro, ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o juiz Airton Vieira, assessor próximo de Moraes no STF, e Marco Antônio Vargas, juiz auxiliar durante a presidência de Moraes no TSE

As mensagens revelavam que o ministro usou extraoficialmente a Justiça Eleitoral para elaborar relatórios que subsidiaram o inquérito das fake news no STF. As conversas sugerem que o gabinete de Moraes ordenou a produção informal de relatórios contra apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro e comentaristas de direita.

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foi alvo das ofensiva do TSE/STF. O assessor de Moraes manda Tagliaferro “usar a criatividade” para incluir a revista no inquérito das fake news.

A troca de mensagens levanta suspeitas de adulteração de documentos, abuso de autoridade e fraudes em provas. Os alvos sofreram bloqueios de redes sociais, apreensão de passaportes e intimações para depor à PF. Todos os pedidos de investigação e produção de relatórios eram feitos pelo WhatsApp, sem registros formais.

O inquérito não investiga o conteúdo das mensagens nem as supostas ilegalidades praticadas no gabinete do ministro, mas apenas o vazamento. O relator é o próprio Moraes, citado por seus assessores nas mensagens. Portanto, será o ministro quem decidirá sobre a continuidade do inquérito.

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Uma das suspeitas é que Tagliaferro teria divulgado as mensagens. Em depoimento à PF e em , o ex-assessor negou qualquer envolvimento no vazamento das mensagens obtidas pela Folha.

Depois de ser preso em flagrante por violência doméstica em São Paulo, Tagliaferro foi exonerado do cargo. Na ocasião, o celular de então assessor com as mensagens foi entregue à Polícia Civil por seu cunhado.

Ministro Alexandre de Moraes, do STF, em sessão solene de Abertura do Ano Judiciário - 3/02/2025
Alexandre De Moraes É O Relator Do Caso No Stf – Ministro Em Sessão Solene De Abertura Do Ano Judiciário – 3/2/2025 | Foto: Fellipe Sampaio/Stf

Em comunicado anterior, o gabinete de Moraes negou quaisquer irregularidades, afirmando que todos os procedimentos relacionados aos relatórios foram “oficiais, regulares e estão devidamente documentados”.

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O comunicado destacou que os relatórios identificaram postagens ilícitas em redes sociais e que todas as ações foram conduzidas oficialmente nos inquéritos e investigações do STF.

Fonte: revistaoeste

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