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SAÚDE

Pesquisa revela avanços promissores para a reintrodução dos axolotes na natureza

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40% das espécies de anfíbios estão ameaçadas de extinção em algum grau, e uma das que mais corre risco de desaparecer é o axolote (Ambystoma mexicanum). Essa espécie de salamandra, que parece estar sempre sorrindo, é comum em laboratórios e como animal de estimação, mas já praticamente sumiu da natureza.

Recentemente, porém, pesquisadores disseram ter conseguido resultados positivos com a introdução de axolotes criados em cativeiros em ambientes similares ao seu habitat natural, o que traz esperança de preservação da espécie. 

Os axolotes são endêmicos dos lagos nos arredores da Cidade do México – sobretudo o de Xochimilco, que recebe milhares de turistas todos os anos. Os animais enfrentam há décadas desafios como expansão urbana, degradação ambiental, espécies invasoras e o declínio na qualidade da água. 

Em um estudo publicado no final de abril, cientistas colocaram 18 axolotes em La Cantera Oriente (LCO), um conjunto de lagos artificiais criado há 30 anos que se tornou em um habitat com vegetação aquática diversa e fauna nativa.

O estudo observou que os axolotes não só sobreviveram como conseguiram prosperar tão bem como os nativos do Lago Xochimilco: as salamandras ganharam peso ao longo do estudo, um sinal de que a alimentação ficou em dia.

Nos primeiros dias após serem liberados no novo ambiente, os axolotes viajam distâncias maiores em relação aos espécimes de Xochimilco. Isso pode estar relacionado a uma exploração dos animais da nova área, com o intuito de localizar comida e abrigo.

Esse comportamento, porém, demanda maior gasto energético e pode aumentar o risco de que os animais sejam predados. E quanto mais complexo o ambiente, mais os axolotes empreendem esforços na exploração. Como consequência da exploração dos ambientes, os axolotes de La Cantera do Ambiente passaram a utilizar um espaço maior do que os de Xochimilco. 

Uma das preocupações dos pesquisadores é o risco de predação. Esse é um dos maiores motivos relacionados ao fracasso na reintrodução de espécies, já que animais de cativeiro não aprendem a reconhecer ameaças. Nesse caso, o artigo defende que um treinamento antes de liberar os animais pode ser essencial para mitigar os riscos de predação.

Apesar dos resultados otimistas, Luis Zembrano, professor do Instituto de Biologia da Universidade Nacional Autônoma do México um dos autores do estudo, destaca que a preferência deve ser preservar os ambientes para os axolotes que já existem. “As áreas artificiais se destinam apenas a manter uma população saudável e nos dar mais tempo para restaurar habitats selvagens”, afirmou à Super.

Fonte: abril

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