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Penitenciária de Rondonópolis frustra tentativa de entrega de celulares: intercepta 45 drones em Mato Grosso

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Uma série de tentativas de envio de materiais ilícitos por via aérea foi interrompida na Penitenciária da Mata Grande, em Rondonópolis, ao longo do último ano. O balanço oficial aponta a interceptação de 45 drones no entorno da unidade, número que coloca o presídio do sul de Mato Grosso no topo das ocorrências desse tipo no estado.

Os dados fazem parte do levantamento do programa Tolerância Zero, divulgado pela Secretaria de Estado de Segurança Pública. Conforme as informações oficiais, o foco das investidas com drones era lançar celulares e drogas para o interior dos raios, prática que passou a ser combatida com reforço de monitoramento e respostas rápidas das equipes.

De acordo com o relatório, 59 drones foram apreendidos em todo o estado no período analisado, sendo que a maior concentração ocorreu em Rondonópolis. A recorrência levou a unidade a intensificar a vigilância aérea e o controle perimetral, com ações direcionadas aos horários e pontos mais visados pelos operadores dos equipamentos.

O mesmo balanço mostra que o eixo central do programa foi reduzir a comunicação de presos com o exterior. Entre novembro de 2024 e dezembro de 2025, as forças de segurança recolheram 3.747 celulares e 1.457 chips durante vistorias e operações dentro das unidades prisionais, segundo dados da Sesp.

As fiscalizações também resultaram na apreensão de outros itens proibidos. No período, foram recolhidas 7.259 porções de drogas, além de 1.579 carregadores e 526 armas artesanais, conhecidas como chuços. O levantamento indica que os objetos eram usados tanto para comunicação ilegal quanto para disputas internas.

A Penitenciária Central do Estado, em Cuiabá, por ser a maior unidade prisional, concentrou 196 ações de segurança no mesmo intervalo. Ainda assim, o volume de drones interceptados em Rondonópolis chamou a atenção dos gestores pela concentração em um único complexo.

Efeito das ações no sistema prisional

Segundo a Secretaria de Justiça, responsável pela administração penitenciária, a estratégia adotada tem surtido efeito na contenção da entrada de materiais. O relatório aponta que cerca de 85% das 41 unidades prisionais do estado passaram os últimos seis meses sem registrar apreensões relevantes ou tiveram apenas um flagrante isolado.

Unidades como os Centros de Detenção Provisória de Peixoto de Azevedo e Lucas do Rio Verde, além das cadeias de Chapada dos Guimarães e Nobres, aparecem no levantamento com zero registro de material ilícito no período analisado.

Próximos passos do programa

Para o secretário Vitor Hugo Bruzulato, o enfrentamento às facções passa diretamente pela reestruturação da política penitenciária e pela manutenção de ações permanentes de controle. A expectativa, conforme a Sesp e a Sejus, é ampliar o monitoramento e ajustar protocolos para reduzir novas tentativas de envio aéreo de ilícitos.

Fonte: cenariomt

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