CENÁRIO POLÍTICO

Pedido de Impeachment contra Lula recebe mais assinaturas do que casos de Dilma e Collor

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Com 144 assinaturas, o pedido de impeachment contra o presidente Luiz Inåcio Lula da Silva tem mais adesÔes do que os requerimentos que depuseram os ex-presidentes Fernando Collor de Mello e Dilma Rousseff.

Desde a promulgação da Constituição Federal de 1988, apenas os dois tiveram impedimento da continuidade do mandato por parte do Congresso Nacional. o requerimento foi encabeçado pela deputada Carla Zambelli (PL-SP), aliada do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O pedido de impeachment de Lula possui 49 pĂĄginas e afirma que o petista “comprometeu a neutralidade brasileira” quando cometeu um “ato de hostilidade contra Israel” com “declaraçÔes de cunho antissemita”.

No domingo 18, em entrevista coletiva na EtiĂłpia, Lula comparou o conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas ao Holocausto, extermĂ­nio de judeus promovido pelo ditador da Alemanha nazista Adolf Hitler, durante a Segunda Guerra Mundial.

“O que está acontecendo na Faixa de Gaza não existe em nenhum outro momento histórico, aliás, existiu, quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse o presidente na ocasião.

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A Ex-Presidente Dilma Rousseff | Foto: Reprodução/Twitter/X

Com 47 assinaturas, o pedido de impeachment contra Dilma foi encabeçado pelos juristas Janaina Paschoal, HĂ©lio Bicudo e Miguel Reale JĂșnior. O documento foi baseado nas “pedaladas fiscais” e na edição de decretos de abertura de crĂ©dito sem autorização do Congresso.

O documento foi enviado à Cùmara em 15 de outubro de 2015 e contou com as assinaturas de 43 lideranças de movimentos sociais que lutavam pelo combate à corrupção, como a própria Carla Zambelli, que liderava o Movimento Nas Ruas.

O pedido foi aceito pelo entĂŁo presidente da CĂąmara, Eduardo Cunha, em 2 de dezembro daquele ano. Por 367 votos a favor e 137 contrĂĄrios, a Casa aprovou o impeachment de Dilma em 17 de abril de 2016. O Senado cassou a petista em 31 de agosto, por 61 votos a 20.

No caso de Collor, o primeiro presidente cassado desde a redemocratização em 1992, o pedido foi escrito por 18 juristas, mas foi encabeçado pelo então presidente da Associação Brasileira de Imprensa, Barbosa Lima Sobrinho, e pelo então presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Marcello Laveniére.

O documento do impeachment foi entregue em 1° de setembro do mesmo ano e considerou o relatório final de uma Comissão Parlamentar de Inquérito que investigou um esquema de corrupção envolvendo Collor e seu tesoureiro de campanha, Paulo César Farias.

O processo tramitou rapidamente na CĂąmara e, em 29 de setembro, a Casa aprovou a abertura do processo por 441 votos a favor e 38 contrĂĄrios. Em 29 de dezembro, Collor renunciou o mandato para evitar a perda dos direitos polĂ­ticos no Senado.

Contudo, por 76 votos contra trĂȘs, ele perdeu o mandato e foi declarado inelegĂ­vel por oito anos.

O pedido de impeachment de Lula tambĂ©m supera o nĂșmero de assinaturas que teve um requerimento pedindo a deposição de Bolsonaro. O documento foi protocolado em 30 de agosto de 2021 e foi assinado por 46 parlamentares, entidades representativas da sociedade e personalidades.

O requerimento denunciava Bolsonaro por omissĂ”es e erros no combate Ă  pandemia de covid-19 e por atentar contra o livre exercĂ­cio dos TrĂȘs Poderes da RepĂșblica. Contudo, o presidente da CĂąmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), nĂŁo pautou o documento.

Fonte: revistaoeste

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