CENÁRIO POLÍTICO

Paula Calil recua, mas segue apoiando emenda sobre padronização de quórum para cassações na Câmara em novo vídeo

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A presidente da Câmara de Cuiabá, Paula Calil (PL), defendeu o projeto de emenda à Lei Orgânica Municipal que busca padronizar o quórum necessário para votar pela cassação ou absolvição de vereadores alvos de Comissões Processantes. Embora tenha retirado a assinatura que viabilizaria a apresentação da proposta, ela justificou que hoje há conflito entre a normativa municipal e a Constituição Federal.

“Eu assinei de forma equivocada e, na mesma hora, encaminhei ao apoio legislativo um pedido que retirasse a minha assinatura, de maneira legal”, explicou. A parlamentar disse que ainda precisa avaliar melhor a proposta, mas reconheceu que a divergência já gerou problemas à Casa.

“Eu penso o seguinte, um processo de cassação de um prefeito, de um vereador, nós temos na Constituição Federal o Decreto 201.67, que estabelece dois terços (de quórum). E na lei orgânica do município, nós temos maioria simples”.

Ela citou exemplos em que a divergência provocou impactos jurídicos. Em março de 2020, Abilio Brunini (PL), então vereador, foi cassado por 14 votos a 11. Na Justiça, argumentou que não havia atingido dois terços do plenário e obteve vitória: retornou ao cargo, teve seus direitos políticos restabelecidos e ainda recebeu indenização.

Já o ex-vereador tenente-coronel Marcos Paccola (Republicanos), cassado em 2022 pela morte de Alexandre Miyagawa, também por maioria simples, tentou o mesmo recurso, mas não conseguiu reverter a decisão.

De acordo com o texto da emenda, a padronização busca justamente evitar novas disputas semelhantes, especialmente diante da iminência de novos processos, como já tentaram emplacar contra o atual prefeito Abilio e o que pode vir a acontecer contra os vereadores como Chico 2000 (PL) e Sargento Joelson (sem partido), acusados de receber propina.

Segundo nota enviada por Demilson, o objetivo é garantir “segurança jurídica, evitando interpretações divergentes entre a legislação local e a norma nacional e ampla defesa e devido processo legal, princípios fundamentais assegurados pela Constituição”.

Apesar da retirada da assinatura de Paula, o projeto já conta com o número necessário de adesões e deve ser apresentado na Câmara na próxima semana.


 

 

Fonte: leiagora

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