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Padre Júlio Lancelotti oferece almoço de Natal para população de rua em São Paulo

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A tarde de Natal foi marcada por solidariedade para moradores em situação de rua de São Paulo. Na Casa de Oração do Povo de Rua, no centro da capital, um almoço especial reuniu dezenas de pessoas que vivem nas ruas da cidade.

O encontro contou com a presença do padre Júlio Lancelotti, reconhecido nacionalmente pelo trabalho pastoral e social junto à população em situação de vulnerabilidade. A iniciativa reforça ações contínuas de acolhimento, assistência social e oferta de alimentação a quem mais precisa.

O espaço ficou cheio ainda antes da chegada do religioso. Em datas festivas, a grande presença de pessoas simboliza tanto a partilha quanto o avanço da desigualdade social. Segundo dados recentes do Observatório da População de Rua, São Paulo concentra cerca de 80 mil pessoas vivendo em situação de rua.

Durante o almoço, crianças foram servidas primeiro, seguidas por mulheres e homens. O clima foi de respeito e convivência silenciosa, semelhante a um almoço em família. Antes da refeição, Lancelotti conduziu uma oração e destacou o sentido do Natal.

“O espírito do Natal é acolher aqueles que ninguém acolhe e olhar para quem muitas vezes é invisível”, afirmou o padre.

A Casa de Oração funciona com apoio de voluntários. Na cozinha, equipes se revezam desde as primeiras horas do dia para preparar refeições, organizar doações de roupas e montar kits de higiene. O local também abriga um presépio montado pelos próprios frequentadores.

A coordenadora do espaço, Ana Maria da Silva Alexandre, atua há mais de duas décadas no acolhimento da população de rua. Para ela, o Natal amplia tanto a alegria quanto a dor de quem não tem família ou moradia. Mais do que alimentação, o espaço oferece convivência, escuta e esperança.

Entre os atendidos estão pessoas em processo de recuperação do uso de drogas, trabalhadores informais e casais que enfrentam dificuldades para acessar abrigos. Relatos apontam desafios como preconceito, falta de vagas em serviços públicos e a busca constante por trabalho e moradia.

Apesar das dificuldades enfrentadas ao longo do ano, voluntários e frequentadores mantêm a expectativa de dias melhores. Para Lancelotti, a mensagem permanece simples e direta: enquanto a mudança estrutural não chega, é preciso escolher estar ao lado dos mais pobres.

Fonte: cenariomt

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