A Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, será palco neste sábado (28) da estreia de ‘Feliz Ano Velho, a Ópera’, apresentação gratuita da Orquestra Ouro Preto (OOP). Inspirada no livro autobiográfico de Marcelo Rubens Paiva, a montagem conta com música e libreto de Tim Rescala, direção musical de Rodrigo Toffolo e direção cênica de Julliano Mendes.
O projeto reafirma a proposta da OOP de aproximar música de concerto e literatura. A produção demandou mais de dois anos de preparação, com o maestro Toffolo trabalhando de forma colaborativa com o compositor Rescala e o autor do livro. A adaptação busca transmitir uma mensagem de superação e desenvolvimento pessoal, valorizando o diálogo entre literatura brasileira e música.
Segundo Toffolo, o espetáculo gratuito em Copacabana integra o esforço da orquestra em formar público e ampliar o acesso à ópera. Em iniciativas anteriores, como ‘Auto da Compadecida’ também na praia, mais de 10 mil pessoas assistiram às récitas ao ar livre.
Tim Rescala revelou que transformar ‘Feliz Ano Velho’ em ópera foi um desafio narrativo, pela estrutura fragmentada do livro, optando por um enredo em flashback que percorre a infância, o acidente e o processo de superação do protagonista. A trilha inclui influências de rock, com guitarra e bateria, remetendo ao universo musical de Paiva, além de participação especial do compositor Arrigo Barnabé.
O elenco conta com Johny França como Marcelo Rubens Paiva, Jabez Lima no papel de Rubens Paiva e Marília Vargas como Eunice Paiva, entre outros artistas. França destacou a oportunidade de representar um personagem vivo, relatando conversas diretas com o autor para compor o papel.
Após a estreia no Rio, a ópera terá récitas nos dias 22 e 23 de agosto, no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, como parte das comemorações dos 25 anos da Orquestra Ouro Preto. O evento integra a programação do Orquestra Ouro Preto Vale Festival 2025, que também contará com shows de Mart’nália e do Bloco Sargento Pimenta no fim de semana, celebrando a diversidade musical brasileira e a versatilidade da orquestra.
Fonte: cenariomt
