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CUIABÁ MATO GROSSO

Operação policial combate fraude financeira milionária: entenda o caso

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A Polícia Civil deflagrou na manhã desta terça-feira (17) a Operação Lado Oculto, com foco no combate a um esquema de fraude financeira que gerou um prejuízo de aproximadamente R$ 3 milhões a uma empresa de Mato Grosso. A ação cumpriu 34 ordens judiciais, incluindo afastamento de sigilo bancário e financeiro, bloqueio de bens, sequestro de imóveis e veículos, além de mandados de busca e apreensão.

Os mandados foram expedidos pelo Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo) da Comarca de Cuiabá e executados nos municípios de Acorizal e Cuiabá. Durante a operação, foram apreendidos seis celulares, quatro veículos e dois notebooks.

De acordo com a investigação conduzida pela Delegacia de Roubos e Furtos (Derf) de Cuiabá desde 2024, o crime foi praticado contra uma empresa de fabricação de gelatinas e hidrolisados, além de comércio de matéria-prima para setores farmacêutico, alimentício, saúde e nutrição, localizada em Acorizal.

O esquema criminoso consistia na manipulação da folha de pagamento entre os anos de 2019 e 2024. Segundo a Polícia Civil, a fraude foi articulada por uma analista de recursos humanos da empresa e sua assistente, que usaram seus cargos de confiança para inflar salários com horas extras inexistentes e outros adicionais falsos.

Após os valores inflados serem processados por uma empresa terceirizada, as responsáveis descartavam o arquivo oficial e criavam um novo documento, com os valores corretos, que era repassado aos demais funcionários não envolvidos. Os valores excedentes eram então desviados para as contas das duas e de outros cúmplices.

A apuração revelou que a analista de RH era quem fazia o envio dos arquivos fraudulentos para o banco, confirmado por registros de acesso no sistema bancário. O esquema beneficiou ao menos outros seis colaboradores, ligados por vínculos familiares, amorosos ou de amizade com as mentoras.

Entre os beneficiados, destaca-se o ex-namorado da analista de RH, que recebeu R$ 657.842,88. Uma prima da assistente ficou com R$ 51.013,23, enquanto duas estagiárias próximas das responsáveis embolsaram, juntas, mais de R$ 22 mil.

A descoberta do golpe ocorreu em 2019, quando a própria empresa identificou inconsistências nos pagamentos. Após entrevistas internas, as funcionárias confessaram a prática e foram demitidas por justa causa. Na sequência, uma consultoria foi contratada para aprofundar a análise, confirmando os desvios por meio de um relatório detalhado.

O caso foi formalizado junto às autoridades por meio de notícia-crime, resultando na abertura de inquérito policial. Os envolvidos devem responder pelos crimes de furto qualificado, falsidade ideológica e associação criminosa.

Fonte: cenariomt

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