Operação Deepfake: Polícia Civil age em Várzea Grande

VÁRZEA GRANDE (MT) — A Polícia Civil de Mato Grosso cumpriu, na manhã desta terça-feira (4), sete ordens judiciais durante a Operação Deepfake, conforme divulgado pela corporação. A ação apura a manipulação e divulgação indevida de imagens de uma vítima de Lucas do Rio Verde em plataformas digitais.

Segundo nota oficial, quatro mandados de busca e apreensão e três de quebras de sigilo telemático foram cumpridos em endereços de Várzea Grande. A operação é conduzida pela Delegacia de Polícia de Lucas do Rio Verde, que identificou o investigado responsável por criar perfis falsos usando fotografias da vítima obtidas em redes sociais.

Conforme apurado, o suspeito manipulava digitalmente as imagens com ferramentas de inteligência artificial, inserindo-as em plataformas de conteúdo adulto. A prática causou grave dano à imagem e à honra da vítima, segundo a Polícia Civil. O material apreendido inclui aparelhos eletrônicos e dispositivos de armazenamento que passarão por perícia.

O crime é investigado com base nos artigos do Código Penal que tratam de falsidade ideológica, difamação e violação de intimidade, além de possíveis enquadramentos na Lei Carolina Dieckmann (Lei nº 12.737/2012), que criminaliza invasões de dispositivos informáticos.

De acordo com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), casos de exposição de imagens íntimas e deepfakes vêm crescendo no país, impulsionados pela facilidade de acesso a softwares de IA generativa. Entre 2022 e 2024, o número de registros desse tipo de crime aumentou em mais de 70% em diversos estados.

As investigações continuam sob sigilo judicial. O conteúdo apreendido deve contribuir para identificar eventuais cúmplices e o alcance das publicações. A Polícia Civil reforça que a divulgação de imagens íntimas sem consentimento é crime e orienta vítimas a procurarem imediatamente uma delegacia especializada em crimes cibernéticos.

Entenda a Operação Deepfake

• Deflagrada pela Delegacia de Lucas do Rio Verde;
• Cumpriu sete ordens judiciais, incluindo mandados de busca e apreensão e quebras telemáticas;
• Apura o uso de IA para manipulação e divulgação de imagens falsas;
• Investigações seguem em andamento com análise de dispositivos apreendidos.

Reportagem baseada em nota oficial da Polícia Civil de Mato Grosso, boletim da Delegacia de Lucas do Rio Verde e dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

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