Operação Cana Caiada foi deflagrada nesta quinta-feira (27/11) pelo Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos de Mato Grosso (Cira-MT), conforme divulgado oficialmente pela Polícia Civil. A ofensiva cumpre 10 mandados de busca e apreensão em Cuiabá e São Paulo, além do bloqueio judicial de até R$ 120 milhões pertencentes a pessoas físicas e jurídicas investigadas por crimes contra a ordem tributária.
Conforme apurado junto à Delegacia Especializada de Crimes Fazendários (Defaz), as ordens foram expedidas pela juíza Edna Ederli Coutinho, do Núcleo de Justiça 4.0, com base em investigação conduzida em parceria com a 14ª Promotoria de Justiça Criminal. A operação, segundo a Defaz, mira um grupo ligado ao setor de destilarias de álcool que teria estruturado um sistema avançado de blindagem patrimonial e fraudes fiscais.
Contexto da investigação
A reportagem confirmou que a Justiça autorizou a indisponibilidade de bens como imóveis, veículos e embarcações, medida que segue critérios previstos na Lei nº 8.137/1990, que trata dos crimes contra a ordem tributária. Segundo nota oficial, a atuação conjunta busca impedir prejuízos milionários ao erário estadual e interromper estruturas de sonegação.
O delegado Walter de Melo Fonseca Júnior, titular da Defaz, afirmou que a Operação Cana Caiada “reforça o compromisso institucional com a responsabilização de grupos econômicos que utilizam estruturas artificiais para ocultar patrimônio e fraudar o fisco”. Já o promotor Washington Eduardo Borrére destacou que ações desse tipo fortalecem a livre concorrência e protegem empresas regulares.
Estrutura da força-tarefa
As ações contam com apoio operacional de diversas unidades, entre elas:
- Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor)
- Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO)
- Delegacia de Repressão a Entorpecentes (Denarc)
- Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema)
- Polícia Civil de São Paulo (PCSP)
- Delegacia de Estelionato de Várzea Grande
- Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP)
Origem do nome e contexto histórico
O nome da operação remete ao antigo método de preparação de canaviais por meio da queima antes da colheita, prática associada à limpeza e ocultação de resíduos — metáfora para a suposta tentativa de ocultação patrimonial investigada.
Box informativo
- O que está sendo investigado: fraudes fiscais e blindagem patrimonial.
- Bens bloqueados: até R$ 120 milhões.
- Estados envolvidos: Mato Grosso e São Paulo.
- Base legal: Lei nº 8.137/1990 e decisões do Núcleo de Justiça 4.0.
Reportagem baseada em documentos oficiais, nota da Polícia Civil e informações do Cira-MT.
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Fonte: cenariomt






