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TJMT enviará ao STF investigação sobre assassinato e esquema de venda de sentenças: detalhes revelados

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– O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta terça-feira (29) que o Núcleo de Inquéritos do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) envie, de forma imediata, os autos da investigação sobre o assassinato do advogado Roberto Zampieri, morto a tiros em dezembro de 2023 em Cuiabá. A decisão ocorre após a suspeita de que dados extraídos do celular da vítima possam estar ligados a um esquema de venda de sentenças no Judiciário de Mato Grosso.

Zampieri foi morto em frente ao seu escritório e, inicialmente, as investigações apontavam para uma disputa fundiária. No entanto, novos elementos indicaram sua possível atuação como lobista em um esquema de corrupção envolvendo juízes e desembargadores, tanto no TJMT quanto no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS). O caso também já chegou ao (STJ), que está investigando as ligações.

Zanin ordenou que todos os elementos de prova — incluindo celulares, , e outros dispositivos eletrônicos — sejam encaminhados ao STF para dar continuidade à apuração dos fatos. “Determino a imediata remessa a este Supremo Tribunal Federal dos autos correlatos, mídias (incluindo-se cópias e espelhamentos), celulares, tablets, dispositivos eletrônicos e outros meios de prova, em trâmite no Juízo do Núcleo de Inquéritos Policiais de Cuiabá/MT”, declarou o ministro em sua decisão.

A investigação tramitará agora no STF, que também vai analisar outros requerimentos e petições relacionados ao caso. Além disso, Zanin ordenou que o material seja enviado à Polícia Federal, para que a instituição tenha acesso aos elementos colhidos até o momento e se manifeste conforme necessário.

O caso de Zampieri teve repercussão após a operação “Ultima Ratio”, deflagrada na última semana pelo STJ com apoio da Polícia Federal e da Receita Federal. Na ocasião, cinco desembargadores do TJMS foram afastados de suas funções por suspeitas de envolvimento no esquema. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Cuiabá e em outros estados.

Conforme informações ainda sob sigilo, Zampieri seria o responsável por negociar sentenças no TJMT. Em Mato Grosso do Sul, o de operar o esquema seria Félix Jayme Nunes da Cunha, advogado com influência no Judiciário local.

No TJMT, dois desembargadores e um juiz já foram afastados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em decorrência das suspeitas. O STF agora conduzirá as investigações para apurar o alcance e os envolvidos no esquema que, segundo fontes, pode envolver também lobistas próximos a ministros do STJ.

Fonte: odocumento

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