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STF decide manter investigação de vereador ligado a facção criminosa

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– O Supremo Tribunal Federal (STF) negou recurso do vereador eleito de Rondonópolis, Ary Campos (PT), e manteve a o inquérito policial em que é investigado por supostamente ter sua candidatura financiada Comando Vermelho. A decisão é assinada pelo ministro Flávio Dino e foi publicada nesta sexta-feira (11).

O parlamentar, que assumirá o cargo em 2025, foi alvo da Operação Infiltrados, deflagrada no dia 27 de setembro.

Foi determinado seu recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga, bem como, o uso de tornozeleira eletrônica. Mesmo assim, ele obteve 1.960 votos, se tornando o sexto mais bem votado no .

No recurso, a defesa do vereador eleito alegou que toda a investigação seria referente às eleições de 2022, quando ele foi candidato a deputado federal, “sendo apenas asseverada que a organização criminosa continua a financiar o candidato nas eleições do ano de 2024”.

Com isso, defendeu que a apuração de possíveis crimes deveria ser realizada pela e Ministério Público Eleitoral.

Na decisão, o ministro ressaltou a investigação em momento algum analisou a imputação, ou não, de crime eleitoral. “Consta do ato reclamado que a representação formulada pelo Ministério Público contra Ary Campos se deu em razão da suposta prática dos crimes de tráfico ilícito de entorpecentes, associação para o tráfico, organização criminosa e lavagem de dinheiro”, escreveu Dino.

“Por fim, registro que a reclamação não se destina ao atropelamento da marcha processual, indevida a sua utilização como técnica per saltum de acesso a esta Corte Suprema, a substituir ou complementar os meios de defesa previstos na legislação processual, tendo em vista que a reclamação não consubstancia sucedâneo de recurso”, decidiu o ministro.

Operação Infiltrados

A investigação da Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos) de Rondonópolis aponta que a facção criminosa da cidade estaria usando a Afar (Associação dos Familiares e Amigos de Recuperandos de Rondonópolis) para lavagem de dinheiro, realização de eventos e assistencialismo em benefício da própria facção e da campanha do então candidato.

A operação apura ainda os crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas, integração de organização criminosa e lavagem de capitais.

A investigação está em sigilo e, por isso, mais detalhes sobre a relação do vereador eleito e a facção ainda não foram revelados.

Fonte: odocumento

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