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OAB-RJ exigirá explicações da PF por vazamento de informações de advogado

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oab rj pedira esclarecimentos policia federal por violar sigilo advogado

Via @consultor_juridico | A seccional do Rio de Janeiro da Ordem dos Advogados do Brasil pedirá esclarecimentos à Polícia por causa da interceptação da conversa de um advogado com um cliente, que acabou sendo arrolada como prova em um processo criminal.

O diálogo entre o advogado e seu assistido, seja por telefone, e-mail ou qualquer outro meio de comunicação, está coberto por sigilo, garantido pelo Estatuto da Advocacia (Lei 8.906/1994), não podendo ser usado como prova.

A Comissão de Prerrogativas e a Comissão de Direitos Humanos e Assistência Judiciária (CDHAJ) da OAB-RJ atenderam, no final de junho, ao advogado e membro da CDHAJ Jairo de Magalhães Pereira, que denunciou a intercepção de uma conversa sua com um cliente. O material foi juntado a um processo que tramita na 4ª Vara Federal Criminal do Rio.

Segundo Pereira, a interceptação foi feita quando a Polícia Federal pediu a instrução criminal, no período das alegações finais do processo.

“Durante as alegações finais da instrução, eu requeri ao juízo a autorização para ter acesso a uma pasta que estava em segredo de . Esse procedimento faz parte de um relatório policial, no qual um delegado da Polícia Federal de Nova Iguaçu me identificou em uma conversa com meu cliente, colocando o conteúdo dessa conversa como informação dentro do relatório policial”, relatou o advogado.

Violação a prerrogativas

O presidente da Comissão de Prerrogativas da OAB-RJ, Rafael Borges, afirma que claramente houve uma violação às garantias profissionais do advogado.

“Tomamos ciência da violação do sigilo de correspondência entre advogado e cliente, realizada a pretexto de conduzir uma criminal. O sigilo é inviolável, e a exceção a essa regra só é admitida quando existem fundadas suspeitas de participação do próprio advogado em atividade criminosa. A OAB-RJ irá intervir, acompanhar e exigir que as autoridades preservem as prerrogativas profissionais deste ou de qualquer outro advogado que seja afetado”, diz Borges.

O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Assistência Judiciária da seccional, José Agripino, declarou que, junto com a Comissão de Prerrogativas, vai oficiar a Superintendência da Polícia Federal do Rio de Janeiro sobre a prática e continuar acompanhando o caso.

“A interceptação da conversa entre cliente e um advogado é vedada por lei. Prestaremos toda a assistência necessária ao colega Jairo, e não iremos permitir que a advocacia continue sofrendo essas ilegalidades”, disse Agripino. Com informações da assessoria de da OAB-RJ.    

Fonte: @consultor_juridico

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