– O juiz João Zibordi Lara, da 2ª Vara de Peixoto de Azevedo, negou absolver o delegado Geordan Fontenelle e investigador Marcos Paulo Angeli, alvos da operação Diaphthora. A decisão foi publicada nesta quinta-feira (7). O magistrado ainda manteve os acusados obrigados a utilizar tornozeleira eletrônica.
A operação foi deflagrada em abril deste ano e investiga um esquema de cobrança de propina na delegacia cidade, supostamente liderado pelo delegado e pelo investigador, que chegaram a ser presos.
A defesa dos acusados pediu a absolvição alegando, entre outras coisas, que a acusação se baseia em provas obtidas ilegalmente, no caso, a gravação de diálogos entre os acusados.
Na decisão, o magistrado rechaçou os argumentos e apontou que a Justiça autorizou a quebra de sigilo e da captação ambiental do aparelho instalado no gabinete do então delegado.
A operação
Segundo a investigação, o delegado Geordan Fontenelle e o investigador Marcos Paulos Angeli montaram um verdadeiro “gabinete do crime” na delegacia.
Eles respondem por crimes de corrupção passiva, associação criminosa e advocacia administrativa.
A policial Civil recebeu denúncias pelo Núcleo de Inteligência da Corregedoria Geral, revelando situações como solicitação de vantagens indevidas, advocacia administrativa e ainda o assessoramento de segurança privada pela autoridade policial.
Conforme o inquérito, o delegado e o investigador exigiam pagamento de vantagens indevidas para liberação de bens apreendidos, de “diárias” para hospedagem de presos no alojamento da delegacia e, ainda, pagamentos mensais sob a condição de decidir sobre procedimentos criminais em trâmite na unidade policial.
Fonte: odocumento