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Associação cobra aluguel atrasado no dia do incêndio no Shopping Popular

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Christinny dos Santos

Única News

A Associação dos Camelôs do Shopping Popular encaminhou, na segunda-feria (21), um memorando cobrando dos lojistas a taxa de aluguel que venceu no dia 15 de julho, mesmo data em que o incêndio gigantesco destruiu o Shopping Popular.

Naquela data, 600 lojistas perderam tudo e 3 mil funcionários que trabalhavam no local ficaram “desempregados”. Os associados pagavam cerca R$ 1,5 mil em aluguel mensal, um total aproximado de R$ 900 mil. O local não tinha seguro e após o incêndio os lojistas tiveram que recomeçar montando sua estrutura na rua, próximo ao Shopping, e aguardam a instalação de uma estrutura definitiva.

No documento encaminhado aos lojistas, a associação informa que o valor da taxa será redirecionado para o pagamento da primeira parcela, no valor de R$ 1,9 mil, da estrutura provisória que está sendo construído no estacionamento do Shopping.

Ao tentar soar compreensiva, a associação disse “compreender que muitos lojistas não pagaram as taxas devido à terrível tragédia que causou perda incalculável”, no entanto, afirmou que todos enfrentaram dificuldades e estão tentando se reerguer em meio a dor, por isso, “há compromissos que não pode ser adiados e a parcela da nova estrutura precisa ser paga”.

“Todos nós fomos profundamente atingidos por esse fatídico evento, e sabemos que as dificuldades são compartilhadas por cada associado e cessionário. Mas é vital lembrar que, para que possamos seguir adiante, a Associação precisa honrar esses compromissos. A estrutura provisória representa a esperança de retomar nossas atividades e reconstruir o que perdemos”, diz trecho do memorando divulgado pela associação.

A associação informou ainda que recorre a outro meio para angariar recursos e reconstruir o Shopping Popular, mast até lá, os lojistas terão que pagar as taxas de condomínio. Futuramente, um novo valor e data de pagamento de taxas serão definidos para aqueles que ocuparem a estrutura provisória.

O incêndio

Exatamente às 2h26 da madrugada do dia 15 de julho, uma fumaça começa a ser registrada pelas câmeras, na parte de baixo do shopping, próximo às escadarias que levavam ao andar superior. O Corpo de Bombeiros informou que só foi acionado mais de 20 minutos depois, às 2h46. As equipes chegaram ao local às 2h53, ou seja, sete minutos depois de ser acionadas.

A Polícia Civil investiga apontou que a causa do incêndio foi um superaquecimento na rede elétrica que ocorreu no interior de um dos boxes. O laudo pericial contém 160 páginas, incluindo textos, ilustrações e anexos fotográficos. Foi elaborado por quatro peritos oficiais criminais com formação em engenharias elétrica, civil e mecânica.

Por meio de nota, a associação informou que não tem fins lucrativos, apenas administra o Shopping. E, além de despesas com funcionários, tem pagamentos pendentes e ainda novas dívidas devido à instalação da estrutura provisória.

Confira a íntegra da nota:

A Associação é sem fins lucrativos e só administra o consumo… temos 3 meses de folha de pagamento atrasados, temos energia, água atrasados! Agora temos os novos compromissos ainda do provisório (tendas, contêiner, parte elétrica, praça de alimentação, manutenção).
A cobrança é do consumo do mês de junho que venceu no mês de julho.
A associação é dos associados, não é uma empresa individual. Estamos ouvindo todos, conversando com eles e vendo situação por situação.
Infelizmente, sem a taxa de condomínio, não conseguimos manter o Shopping em pé.
Agradecemos muito a participação dos associados, que estão nos apoiando muito para ressurgir neste novo recomeço. Além dos nossos clientes e amigos que não nos abandonaram.

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Fonte: unicanews

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