O Centro Estadual de Odontologia para Pacientes Especiais (Ceope) realizou no último sábado (14) o 2º Mutirão para Avaliação Odontológica pré-transplante renal, beneficiando 25 pacientes com insuficiência renal crônica. A iniciativa, promovida pela Secretaria de Estado de Saúde, é essencial para garantir a segurança do procedimento cirúrgico.
Os pacientes atendidos foram previamente regulados pela Central de Regulação e estão na fila de espera pelo transplante. Nove deles foram considerados aptos após a avaliação bucal, enquanto os demais deverão realizar tratamentos odontológicos específicos no ambulatório.
Durante o atendimento, foram realizados procedimentos como primeira consulta odontológica, orientação de higiene bucal, escovação supervisionada, aplicação de flúor, remoção de placa bacteriana, restaurações e solicitação de exames complementares.
A diretora do Ceope, Martha Aquilino Pereira, alerta que pacientes com insuficiência renal possuem baixa imunidade devido ao quadro clínico e ao uso constante de medicamentos. “Infecções, inclusive as bucais, representam risco elevado nesse grupo. Por isso, o cuidado odontológico é indispensável na preparação para o transplante”, reforça.
Martha também destaca a atenção redobrada com pacientes que utilizam próteses dentárias, pois a má higienização pode provocar infecções fúngicas severas em pessoas imunossuprimidas. “Sinais como sangramentos devem ser monitorados por dentistas e pelos próprios pacientes”, afirma.
De acordo com a gerente técnica Ilza Rosa de Paula e Silva, muitos pacientes em hemodiálise não têm consciência da importância da saúde bucal no sucesso do transplante. “Infecções podem gerar migração de microrganismos, prejudicando a cirurgia e a recuperação”, explica.
O primeiro mutirão, realizado em fevereiro, atendeu 13 pacientes, dos quais três foram liberados para o transplante renal.
Para a coordenadora da Central Estadual de Transplantes, Anita Ricarda da Silva, ações como essa aceleram o processo de transplantes no estado. “Com a avaliação odontológica em dia, os pacientes podem ser inscritos na fila de espera e, ao surgir um órgão compatível, estão prontos para realizar o procedimento com segurança”, afirma. A Central acompanha os pacientes em todas as etapas, desde a preparação até o pós-transplante, garantindo assistência contínua.
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Fonte: cenariomt
