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Votos apurados na Venezuela: Erro em soma revela 132% e causa confusão

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Na madrugada desta segunda-feira, 29, a , uma empresa multiestatal da América Latina, noticiou que a totalização dos votos na foi de 132%. O erro na soma ocorreu durante um dos telejornais do canal, em que foram exibidos dados do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do país.

Nas estatísticas, tem 51,2% dos votos, enquanto o candidato da oposição, Edmundo González, aparece com 44,2%. Os outros oito candidatos têm 4,6% dos votos cada um, somando um total de 132,25%.

A apresentação dos dados, no entanto, contém um erro de cálculo. Somando as porcentagens de González e Maduro, o total é de 95,4%. Desta forma, restam 4,6% para completar 100%, sendo o número exato da porcentagem dada aos demais candidatos.

Os números podem ser conferidos em um vídeo publicado pela própria emissora Os resultados são mostrados a partir dos 30 segundos.

A apresentação errônea dos números causou confusão nas redes sociais. Muitos internautas compartilharam trechos da matéria da TeleSur. Eles acreditam que a totalização de 132% é um forte indício de fraude eleitoral, visto que o CNE é controlado pelo regime chavista.

O regime de Nicolás Maduro alega que 80% das urnas foram apuradas, representando uma “vitória irreversível”.

A líder opositora María Corina Machado e o candidato Edmundo González Urrutia contestaram os resultados eleitorais anunciados pelo conselho eleitoral.

“Hoje queremos dizer a todos os venezuelanos e ao mundo inteiro que a Venezuela tem um novo presidente eleito e é Edmundo Gonzalez Urrutia”, afirmou María Corina na madrugada desta segunda-feira.

“Já ganhamos e todo mundo já sabe”, acrescentou. “Isso tem sido algo tão grande e abrumador que ganhamos em todos os cantos do país, em todas as cidades do país, em todos os Estados do país.”

Líderes contestam eleições na Venezuela; Boric e Milei não vão reconhecer ‘vitória’ de Maduro

Javier Milei usa terno preto e segura óculos enquanto discursa
Em Pronunciamento, O Presidente Da Argentina, Javier Milei, Ainda Chamou Nicolás Maduro De ‘Ditador’ | Foto: Divulgação/Flickr/World Economic Forum

Outros líderes criticaram a falta de transparência. O Brasil ainda não se pronunciou. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva é aliado de Maduro e recebeu o ditador, em maio do ano passado, com honras de chefe de Estado.

“Ditador Maduro, fora! Os venezuelanos decidiram acabar com a ditadura comunista de Nicolás Maduro. Os dados apontam uma vitória acachapante da oposição, e o mundo espera o reconhecimento dessa derrota depois de anos de socialismo, miséria, decadência e morte. A Argentina não vai reconhecer outra fraude e espera que as Forças Armadas defendam a democracia e a vontade popular desta vez”, afirmou Milei.

O presidente do Chile, de esquerda, disse que é difícil acreditar no resultado da eleição na Venezuela e que seu governo não reconhecerá nenhum resultado que não seja verificável.

O regime de Maduro deve compreender que os resultados que publica são difíceis de acreditar. A comunidade internacional e especialmente o povo venezuelano, incluindo os milhões de venezuelanos no exílio, exigem total transparência das atas e do processo, e que observadores internacionais não comprometidos com o governo prestem contas pela veracidade dos resultados. Do Chile não reconheceremos nenhum resultado que não seja verificável.

O ministro das Relações Exteriores do Peru, Javier González-Olaechea, disse que “o Peru não aceitará a violação da vontade popular do povo venezuelano”. “Condeno em todos os seus extremos a soma de irregularidades com intenção de fraude por parte do governo da Venezuela.”

Fonte: revistaoeste

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