O primeiro-ministro do Japão, , dissolveu a Câmara Baixa do Parlamento, nesta quarta-feira, 9, e convocou eleições antecipadas para o dia 27 deste mês. A decisão veio apenas oito dias depois da sua escolha como líder do governo pelos legisladores.
Em seu discurso de posse, Ishiba declarou que as eleições seriam uma oportunidade para obter o apoio popular ao seu governo. Ele assumiu oficialmente o cargo em 1º de outubro de 2024.
Ishiba, do Partido Democrata Liberal (PDL), enfrenta a tarefa de recuperar a confiança no partido, que atravessa um momento delicado. O aumento do custo de vida afeta diretamente os cidadãos, enquanto a segurança na Ásia Oriental se torna cada vez mais preocupante. Diante desses desafios, o novo primeiro-ministro deve apresentar soluções que fortaleçam sua posição e, ao mesmo tempo, aliviem as tensões sociais e internas.
No cenário internacional, Ishiba também enfrenta pressões significativas. Ele deve conduzir a delicada relação diplomática com os estados unidos, para tentar promover uma aliança mais equilibrada entre as duas nações.
Uma de suas principais propostas envolve a criação de uma organização de segurança coletiva na Ásia, inspirada na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Entretanto, a ideia tem sido alvo de críticas severas, especialmente por parte da China, que vê a iniciativa com desconfiança.
Ex-premiê do Japão renunciou em agosto
Fumio Kishida anunciou sua renúncia ao cargo de primeiro-ministro do Japão em 14 de agosto. Com a confirmação de Ishiba, ele deixou oficialmente o cargo na terça-feira 1º de outubro.
Ele liderou o PDL desde 2021, período em que enfrentou queda de popularidade, recessão econômica e escândalos de corrupção.
O governo de Kishida sofreu um golpe no fim de 2023, quando foi revelado que a Justiça do Japão estava investigando um pagamento de 500 milhões de ienes (R$ 18,5 milhões) pelo PDL como suborno. Na época, pelo menos quatro ministros renunciaram.
Fonte: revistaoeste