A França enfrenta, nesta quarta-feira, 15, a oitava onda de protestos contra a reforma da previdência proposta pelo governo do presidente Emmanuel Macron. Com isso, a capital, Paris, está se transformando num “lixão a céu aberto”, já que os garis aderiram à paralisação e não fazem a coleta de lixo há nove dias, segundo a imprensa.
Toneladas de lixo se acumulam nas calçadas, em frente aos icônicos cafés franceses, e o mau cheiro incomoda moradores e turistas. A coleta de lixo nas cidades do interior também foi parcialmente suspensa.
O lixo se acumula pelas calçadas da cidade, como mostram vários vídeos postados nas redes sociais.
Garbage strike in paris makes every street smell like the french…. pic.twitter.com/fesFg3iGpH
— SOS-UK-Report (@sosReports) March 15, 2023
Este vídeo mostra centenas de sacos de lixo na região central de Paris.
Paris: Once romantic city is now a garbage dump amid pension strike#Paris #France pic.twitter.com/s3SfosLfWs
— INDEPENDENT PRESS (@IpIndependent) March 15, 2023
Os garis e outros trabalhadores prometem manter a paralisação até o dia 20. Aderiram à paralisação categorias do setor de transportes (incluindo aviões), saúde, educação, portos e energia. Nesta manhã, milhares de pessoas participaram dos protestos na capital e em cidades do interior.
🔴Canon à eau utilisé sur les manifestants à #Lyon lors de la #Greve15mars contre la #ReformeDesRetraites (tensions aussi à #Paris, #Nantes et #Rennes)
📽️ @leprogreslyon #GreveGenerale #OnBloqueTout#GreveReconductible #NonALaReformeDesRetraites pic.twitter.com/qSWo1PYRk0
— Peuple Révolté (@PeupleRevolte) March 15, 2023
Entre as mudanças no projeto de Marcon está o aumento da idade de aposentadoria de 62 para 64 anos. O pacote já foi aprovado no Senado, no sábado 11, e agora deputados e senadores devem se reunir para um acordo para o texto final. Se chegarem a um consenso, a reforma poderá ser votada na quinta-feira 16 pelos senadores e pelos deputados.
Os sindicalistas das diversas categorias paralisadas prometeram fazer um grande protesto na frente da Assembleia Nacional. Eles estimam ao menos 800 mil pessoas nas ruas
Fonte: revistaoeste