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Coreia do Sul cobra resposta da China sobre projetos nucleares do Norte

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O presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, pediu à China nesta terça-feira, 29, para ajudar a dissuadir a Coreia do Norte de desenvolver armas nucleares e mísseis. Em entrevista à agência de notícias Reuters, ele também alertou sobre uma resposta conjunta com aliados “sem precedentes” se o país realizar um teste nuclear.

Yoon cobrou de Pequim, aliada mais próxima de Pyongyang, que cumpra suas responsabilidades como membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidos, afirmando que deixar de fazer isso levaria a um influxo de ativos militares para a região.

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“A China tem a capacidade de influenciar a Coreia do Norte, e a China tem a responsabilidade de se envolver no processo”, disse.

Ele acrescentou ainda que as ações da Coreia do Norte estão levando ao aumento dos gastos com defesa em países da região, incluindo o Japão, e a uma maior implantação de aviões e navios de guerra dos Estados Unidos, então seria de interesse da China fazer seus “melhores esforços” para induzir os norte-coreanos em direção à desnuclearização.

Só que, caso Pyongyang realize um novo teste nuclear, Yoon disse que a resposta “será algo que nunca foi visto antes”, envolvendo os Estados Unidos, Japão e outros aliados. O presidente sul-coreano, contudo, se recusou a detalhar o que isso significaria.

“Seria extremamente imprudente para a Coreia do Norte realizar um sétimo teste nuclear”, disse ele à Reuters.

Neste ano, o regime norte-coreano realizou um número recorde de testes com mísseis e, nesta semana, o líder Kim Jong-un disse recentemente que seu país pretende ter a força nuclear mais poderosa do mundo. Autoridades de inteligência dos Estados Unidos dizem que Pyongyang pode estar se preparando para retomar os testes de armas nucleares pela primeira vez desde 2017.

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O presidente americano, Joe Biden, também disse ao seu colega chinês, Xi Jinping, que Pequim tinha a obrigação de tentar dissuadir a Coreia do Norte de um teste nuclear. O conselheiro de segurança nacional de Biden, Jake Sullivan, disse que o desenvolvimento contínuo de armas da Coreia do Norte levaria a uma maior presença militar dos Estados Unidos na região – algo que Pequim não gostaria de presenciar.

A Coreia do Sul e os Estados Unidos fizeram um acordo para enviar mais “ativos estratégicos” americanos para a área, como porta-aviões e bombardeiros de longo alcance para a área, mas Yoon disse que não espera mudanças nas 28.500 soldados americanos baseados na Coreia do Sul.

“Devemos responder de forma consistente e em sintonia uns com os outros”, disse Yoon, culpando a falta de consistência na resposta internacional pelo fracasso de três décadas da política da Coreia do Norte.

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A China lutou ao lado do Norte na Guerra da Coréia de 1950 a 1953 e apoiou o país econômica e diplomaticamente desde então, mas analistas dizem que Pequim pode ter pouco desejo de conter Pyongyang.

A China alega impor as sanções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, pelas quais votou, mas pediu que elas fossem atenuadas e, junto com a Rússia, bloqueou as tentativas lideradas pelos Estados Unidos de impor novas sanções.

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Fonte: Veja

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