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Cerco policial em embaixada argentina em Caracas: Asilados da ditadura de Maduro denunciam ação, com custódia do Brasil.

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Integrantes da equipe da líder da oposição da Venezuela, María Corina Machado, que estão asilados na embaixada argentina em Caracas, denunciaram um cerco policial na noite desta sexta-feira, 6. O local é custodiado pelo governo brasileiro.

Vídeos publicados no Instagram mostram a bandeira do Brasil hasteada e sirenes de viaturas policiais em frente à residência da embaixada argentina na Venezuela. Seis integrantes da oposição estão asilados no local.

“Assim está do lado de fora da residência argentina em Caracas, protegida pelo Brasil”, relatou Pedro Urruchurtu, coordenador internacional da equipe da líder da oposição na Venezuela, na primeira publicação. “Chegaram mais patrulhas e funcionários do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin) e Direção de Ações Estratégicas e Táticas (Daet) encapuzados e armados que estão assediando a sede diplomática protegida por normas do direito internacional.”

Pedro Urruchurtu publicou outros dois vídeos com relato sobre a situação na embaixada argentina. “Assim é a situação às 22h20 do dia 6 de setembro fora da residência da Argentina em Caracas, protegida pelo Brasil. Mais agentes armados e encapuzados estão chegando, e mais patrulhas”, escreveu no último post sobre a situação.

O coordenador internacional da opositora María Corina também postou vídeo em que a ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, a qual declarou que “os argentinos estão determinados a não deixar que ocorra uma intromissão em nossa embaixada”.

Urruchurtu disse que a ministra confirmou “que Maduro revogou a autorização para o Brasil custodiar a embaixada da Argentina em Caracas, neste momento assediada pelo SEBIN e o DAET”.

O deputado Omar González Moreno, membro da direção nacional do partido Vente Venezuela de Machado, também denunciou a situação em um vídeo que mostra a bandeira do Brasil na residência da embaixada.

“Há numerosas patrulhas nos arredores desta sede diplomática e dezenas de homens com capuz, cobrindo o rosto e rodeando a sede que está neste momento sem eletricidade. O resto das casas têm luz elétrica, mas a sede da embaixada está completamente sem luz desde cedo da noite de hoje”, escreveu o deputado, que é um dos seis asilados.

Histórico de asilo na embaixada argentina na Venezuela

O Brasil assumiu a custódia das representações diplomáticas da Argentina na Venezuela no início de agosto, depois de o governo de Nicolás Maduro expulsar diplomatas do governo de Javier Milei do país, alegando fraude no processo eleitoral. Seis venezuelanos da equipe de Machado, contra os quais foram emitidas ordens de prisão, estão asilados na embaixada argentina desde março.

Os asilados já tinham denunciado o roubo de fusíveis do local por funcionários da estatal de energia, o que provocou o corte do fornecimento elétrico. Na ocasião, o governo Milei manifestou “preocupação” com o ato intencional e advertiu sobre “qualquer ação deliberada que ponha em perigo a segurança da equipe diplomática argentina e dos cidadãos venezuelanos sob proteção”.

A Casa Rosada também lembrou que, de acordo com tratados que regem as relações internacionais, é obrigação do Estado receptor de missões diplomáticas salvaguardá-las de “invasões ou danos e preservar a tranquilidade e dignidade da mesma”.

Fonte: revistaoeste

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