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MT se Destaca entre os Estados com Mais Internações por Consumo de Álcool no Brasil

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Mato Grosso ocupa a sétima posição no ranking nacional de internações relacionadas ao consumo de álcool, com uma taxa de 28,8 casos a cada 100 mil habitantes – número superior à média nacional de 27%.

Os dados, referentes ao ano de 2023, fazem parte do Panorama 2024 “Álcool e a Saúde dos Brasileiros”, levantamento realizado pelo Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA), uma organização não governamental qualificada como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP).

Em contrapartida, Mato Grosso apresenta a menor taxa de mortes entre os pacientes internados, com apenas 5% de mortes relacionadas ao consumo abusivo de álcool.

O anuário divulgado este ano analisa informações de diferentes órgãos registrados entre os anos de 2010 e 2023.

De acordo com os dados do Vigitel 2023, pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde sobre doenças crônicas não transmissíveis – por região brasileira, em 2010, 2021 e 2023 – a prevalência de consumo abusivo de álcool, nos 30 dias anteriores à pesquisa, foi maior na região Centro-Oeste (31,1%), na população geral adulta e entre os homens.

Em 2023, entre as capitais, Cuiabá registrou uma das maiores taxas de consumo abusivo de bebidas alcoólicas entre homens nos 30 dias anteriores à pesquisa, com 33%. Ficou atrás apenas de Salvador (37,5%), Maceió (34,2%) e Teresina (33,0%).

Entre as mulheres, as maiores frequências foram observadas em Salvador (21,9%), Porto Alegre (20,8%) e no Distrito Federal (20,5%), e as menores em Manaus (8,4%), Fortaleza (9,6%) e Macapá (9,9%).

Brasil

O Brasil tem apresentado uma tendência de queda nas internações atribuíveis ao álcool, mas ainda enfrenta desafios importantes, como o aumento das hospitalizações entre idosos e a necessidade de aprimorar o acesso ao tratamento para dependência alcoólica.

As internações hospitalares atribuíveis ao álcool no país tiveram uma redução significativa nos últimos anos. Em 2023, o número total de internações foi praticamente reduzido pela metade em comparação com 2010, caindo de 112 mil para cerca de 50 mil casos.

No entanto, essa redução também deve ser analisada levando em consideração a drástica diminuição de leitos de internação, especialmente os psiquiátricos, que tiveram uma queda de 58% no período, segundo o Conselho Federal de Medicina.

Os dados contrastam ainda com estados que possuem altas taxas de internação e um maior percentual de mortes, como o Amapá, que apresenta a menor taxa de hospitalizações por 100 mil habitantes, mas o maior percentual de mortes entre os internados.

Maioria dos pacientes são homens acima de 35 e 54 anos

👤 O perfil dos pacientes internados mudou ao longo dos anos. Os maiores percentuais de internações, em todos os anos, foram entre pessoas de 35 a 54 anos, mesmo caindo de 60,2% para 52,6% do total entre 2010 e 2023.

Por outro lado, o número de internações entre pessoas com 55 anos ou mais aumentou bastante, passando de 22% para 35% no mesmo período. Isso significa que, atualmente, uma em cada três internações ligadas ao álcool acontece com pessoas dessa faixa etária.

No entanto, houve redução expressiva entre a faixa etária de 18 a 34 anos, que passou de 17,1% do total de internações em 2010 para 11,8% em 2023.

Ao analisar as taxas por 100 mil habitantes, observa-se que a maioria das internações ocorre entre homens.

Os impactos do uso nocivo de álcool são desiguais para brancos, pretos e pardos, sendo que os
últimos morrem mais em decorrência de problemas com o álcool do que os primeiros.

A população preta apresenta as maiores taxas de morte atribuíveis ao álcool em quase todos os
anos analisados.

De acordo com o documento, cada grupo etário interage com o álcool de forma particular, e isso também se reflete nas morte.

Nesse contexto, as mortes atribuíveis ao álcool afetam mais a população acima de 55 anos, e isso tende a aumentar. Em 2022, 55,5% desses óbitos ocorreram nesse grupo, enquanto em 2010, esse percentual era de 42,6%.

Mortes por alcoolismo e a pandemia

⚠️ Ao abordar as mortes relacionadas ao álcool, o anuário destaca a importância de distinguir entre as mortes atribuídas ao álcool de maneira geral e aquelas que podem ser completamente causadas por consumo da substância.

“Ao contrário de, por exemplo, acidentes de trânsito, que podem gerar mortes sem que as partes envolvidas tenham consumido bebidas alcoólicas, os óbitos totalmente atribuíveis ao álcool têm como causa exclusiva o uso da substância“, explica o documento.

O panorama do CISA revela que os anos de pandemia (2020 e 2021) registraram as maiores taxas de mortes por alcoolismo e doença alcoólica do fígado. As principais causas dessas mortes são os transtornos mentais e comportamentais resultantes do uso de álcool.

Vale destacar que as mortes por doença alcoólica do fígado aumentaram mais de 30% de 2019 para 2020.

As principais causas de mortes entre jovens são a violência ou acidentes de trânsito. Já entre a
população com mais de 34 anos, destacam-se as doenças hepáticas, os transtornos mentais e comportamentais devido ao uso de álcool, entre eles, o alcoolismo, e a hipertensão.

Observando as duas principais causas de mortes ao longo dos anos, é possível observar que a população masculina é a principal responsável por essa mortes, algumas vezes sendo 10 vezes maior do que os óbitos na população feminina.

Porém, em termos percentuais, o aumento de mortes observado na pandemia impactou ambos os sexos.

Fonte: primeirapagina

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