MS recebe doses de antídoto especial para intoxicação por metanol

Mato Grosso do Sul recebeu, na última sexta-feira (10), 20 doses de fomepizol, um antídoto considerado raro para casos de intoxicação por metanol. As substâncias foram encaminhadas pelo Ministério da Saúde, que recebeu na última quinta-feira (9), no Aeroporto de Guarulhos (SP), uma remessa com 2,5 mil unidades do antídoto.

Por meio de nota, a SES (Secretária Estadual de Saúde) disse que os estados poderão solicitar o envio de novas remessas conforme a necessidade apresentada e o registro de casos suspeitos ou confirmados.

“Até o momento, não foi necessário administrar o antídoto em nenhum paciente em Mato Grosso do Sul. O Fomepizol representa uma alternativa ao tratamento já realizado com etanol farmacêutico, apresentando alta eficácia e segurança. O medicamento impede a conversão do metanol em ácido fórmico, prevenindo complicações graves como acidose metabólica e insuficiência renal”, explicou SES.

A indicação do uso é feita com base em critérios clínicos e laboratoriais definidos pelos profissionais de saúde. A SES pontuou que informações técnicas e orientações sobre a condução dos casos de intoxicação por metanol devem ser obtidas junto ao CIATox (Centro de Informação e Assistência Toxicológica), responsável pelo suporte especializado e acompanhamento dos atendimentos.

Índice

1 Antídoto raro e caro

2 Casos descartados em MS

Antídoto raro e caro

O fomepizol é um remédio raro, fabricado em pequena escala no mundo todo, e considerado um “medicamento órfão”, usado em situações muito específicas. O Brasil deve comprar ainda, mais 5 mil unidades para manter o tratamento disponível pelos próximos dois anos.

Cada paciente grave pode precisar de até quatro doses do remédio, aplicadas na veia, dependendo do peso e da gravidade da intoxicação. Enquanto o novo antídoto começa a chegar, os hospitais seguem usando etanol farmacêutico, que também age contra o metanol, mas exige aplicação médica e monitoramento constante.