Mostra Preta: Inscrições abertas para artistas negros e indígenas LGBTQIAPN+

A Mostra Preta, que em sua primeira edição em 2023 se estabeleceu como um ‘quilombo em exposição’, anunciou a abertura das chamadas para artistas visuais e cineastas para sua segunda edição. A mostra tem objetivo de construir um território de visibilidade para produções negro-indígena-LGBTQIAPN+, e convida a comunidade artística a submeter trabalhos que reflitam sobre as intersecções entre arte, identidade e reexistência cultural.

A Mostra Preta propõe uma reflexão a partir de uma perspectiva afrodiaspórica e afrofuturista, entendendo a arte como um instrumento de reconstrução simbólica. O projeto busca construir um diálogo entre diferentes linguagens – como cinema, artes visuais, performance e música – desafiando paradigmas eurocentrados e ampliando o debate sobre representatividade e acessibilidade na arte contemporânea.

Em sua segunda edição, a iniciativa reafirma o compromisso com o fomento à produção local, ao reunir sete artistas visuais de Campo Grande e quatro cineastas do Centro-Oeste.

“Ao articular memória, identidade e experimentação estética, a Mostra Preta contribui para ampliar o debate sobre a necessidade de políticas culturais que reconheçam a pluralidade das experiências brasileiras,” destaca a organização.

O projeto é realizado com recursos da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB) – Governo Federal, via Ministério da Cultura, em parceria com a Fundação Municipal de Cultura; e a Prefeitura de Campo Grande.

Índice

1 As idealizadoras

2 Inscrições

3 Serviço

As idealizadoras

A Mostra Preta é idealizada pelas artistas e produtoras culturais Lua Maria e Mariane Lopes, cujas trajetórias multilinguagens guiam a curadoria e o conceito do projeto.

Lua Maria é multiartista, comunicadora e produtora cultural, cuja pesquisa abrange Arte Sustentável, Audiovisual e Arte Educação. Sua arte une tradição e modernidade por meio de uma perspectiva afrofuturista, como em sua obra “Tupí”, feita com tintas naturais de queimada. Ela promove diálogos sobre identidades culturais e a relação do ser humano com o meio ambiente.

Mariane Lopes é realizadora audiovisual, fotógrafa e artista visual sul-mato-grossense. Seu trabalho investiga narrativas de memória e ancestralidade, explorando performance, imagem e pintura. Mariane se coloca como narradora das tradições, utilizando a multilinguagem para elaborar reescritas contracoloniais que traçam pontes entre passado, presente e futuro.

Inscrições

As inscrições estão abertas até 10 de novembro. As chamadas visam valorizar a produção dissidente, oferecendo remuneração de R$ 1.000,00 para cada artista selecionado.

Para artistas visuais: buscam-se trabalhos em fotografia, pintura, colagem, instalação, obra sonora e outras práticas visuais que ampliem relações entre corpo, território e imagem. Aceita-se obras finalizadas ou em processo. Para se inscrever CLIQUE AQUI.

Para cineastas: podem participar realizadores com filmes finalizados (até 25 minutos) nas linguagens: ficção, documentário, experimental ou vídeoarte. Para se inscrever CLIQUE AQUI.