A cidade de Taquari, no Rio Grande do Sul, será o palco da final nacional do Miss Eco Brasil 2025, neste sábado (1º). O concurso, que integra o circuito internacional do Miss Eco International, realizado anualmente no Egito, busca eleger a representante brasileira que aliará beleza, propósito e consciência ambiental.
Antes da grande final, as candidatas passam por confinamento a partir do dia 30 de outubro, sendo avaliadas em quesitos como oratória, beleza, elegância e engajamento social. As dez melhores avançam para a etapa decisiva, que inclui desfiles em traje de banho e de gala, além de perguntas sobre atualidades e um discurso de um minuto.
Representando o Mato Grosso, Érica Marti chega como uma das favoritas apontadas por páginas especializadas. Primeira candidata assumidamente lésbica a disputar o Miss Eco Brasil, ela construiu uma trajetória marcada pela coragem e autenticidade.
Em busca de um sonho
Aos 16 anos, deixou o país sozinha para seguir carreira na moda, desfilou para grandes marcas internacionais, viveu fora, aprendeu idiomas e hoje soma duas pós-graduações.
Idealizadora do projeto Orgulho em Liderar, que conecta jovens LGBTQIAP+ ao mercado de trabalho, Érica vê no concurso uma oportunidade de ampliar sua mensagem.
“Quero mostrar que o novo perfil de miss já chegou com voz, posicionamento e causas claras”, afirma.
Mais do que buscar a coroa, a representante mato-grossense aposta em bandeiras como sustentabilidade, liderança feminina e visibilidade LGBTQIAP+, acreditando que cuidar do planeta também passa por dar espaço às vozes historicamente silenciadas.
Para Érica, representar o Mato Grosso tem um significado especial.
“Levar a faixa do Mato Grosso é uma honra e também um recomeço. Esse estado me acolheu em um momento muito importante da minha vida, e representar o coração do Brasil me conecta ainda mais com a proposta do Miss Eco”, diz.
Ela define sua jornada até a final como intensa e transformadora:
“É um processo que exige disciplina física, foco mental e força emocional. Escolhi viver essa experiência por inteiro — com vulnerabilidade, coragem e verdade.”
Com o apoio crescente da comunidade LGBTQIAP+, Érica reforça que sua presença no palco é coletiva.
“Ver outras mulheres se sentindo representadas me emociona. Eu não estou sozinha nesse concurso — carrego comigo muitas vozes que, como a minha, querem ser respeitadas, amadas e vistas como são.”
Fonte: primeirapagina






