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Meritocracia questionada: Cientistas apontam ‘microagressões racistas’

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O , responsável pelas estações de pesquisa do Reino Unido na Antártica, afirmou que a crença na meritocracia pode ser uma “microagressão racista” e, em alguns casos, uma forma de “assédio racial”.

Em um guia de inclusão direcionado aos funcionários, a organização sustenta que o “mito da meritocracia” sugere que “a raça não influencia o sucesso na vida”. O documento define meritocracia como a crença de que “apenas o desempenho basta para obter reconhecimento e promoção” e alerta que essa visão pode ser prejudicial. A informação foi divulgada pelo jornal britânico The Telegraph.

O material também recomenda evitar frases como “o mais qualificado deve conseguir o emprego” ou “todos podem ter sucesso se trabalharem duro o suficiente”. Segundo o guia, tais expressões podem transmitir a ideia de que “pessoas de cor são preguiçosas e/ou incompetentes e precisam se esforçar mais” ou de que recebem “benefícios extras injustos devido à raça”.

O documento ainda classifica as frases “todas as vidas importam” e “existe apenas uma raça, a raça humana” como “microagressões”. O motivo seria que elas supostamente negam “a experiência racial/étnica das pessoas de cor” e reforçam a exigência de assimilação à cultura dominante.

O BAS é um instituto que fornece e possibilita a pesquisa interdisciplinar líder mundial nas regiões polares. Seu orçamento anual é de cerca de £ 50 milhões. A entidade faz parte da agência governamental UK Research and Innovation, que administra as estações de pesquisa.

O documento também aborda identidades de gênero e orientações sexuais, listando termos como “demissexual” e “alossexual”. Também adota a expressão “sexo atribuído ao nascer”, que sugere que o sexo é imposto aos bebês e não um dado biológico objetivo.

O BAS orienta seus funcionários a estarem “cientes” de seus “privilégios e poder”. O documento afirma que deve-se reconhecer “histórias coloniais e vieses culturais que podem ter influenciado as diferentes posições das pessoas na equipe”.

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Em nota ao The Telegraph, um porta-voz do instituto afirmou que o objetivo é “tornar o BAS um local acolhedor e inclusivo para todos”. Ele disse que a organização investe em “treinamento abrangente e informações valiosas sobre segurança e bem-estar” e busca “criar uma cultura responsável, com liderança inclusiva que priorize a segurança de todos”.

Fonte: revistaoeste

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