O Projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026 prevê uma margem de 20%, mas o deputado defende a diminuição desse índice e criticou a forma como o Executivo tem elaborado as previsões orçamentárias.
“Olha, particularmente acredito que sim. Eu vou votar para que diminua. Agora, vi o Botelho falando que também vai, o Lúdio todo ano apresenta isso, o Avalone defende isso também. Então acredito que deva diminuir sim e melhorar a confecção do orçamento. O orçamento está mal elaborado, infelizmente está mal elaborado”, declarou.
Russi destacou que o governo tem subestimado os valores nas principais áreas, como saúde, o que, segundo ele, compromete o planejamento e dá ao secretário de Fazenda poder excessivo sobre as demais pastas.
“Você vê a saúde pública dos últimos três, quatro anos. Se você gastou, por exemplo, em 2023, R$ 3 bilhões, o orçamento veio com dois e pouco. Em 2024, em vez de vir com os quatro que gastou, veio com três. Em 2025, todo ano está vindo um bilhão a menos, um bilhão e meio a menos. E saúde você não fechou nenhuma porta, pelo contrário, está abrindo hospitais novos, está aumentando o valor. Então, no mínimo, o que o orçamento deveria vir esse ano? O valor que gastou esse ano na saúde, mais um percentual de reajuste. Mas o orçamento não está sendo feito dessa forma”, criticou.
“Da forma que é feito o orçamento, fica todo o controle na mão do secretário de Fazenda. Então, o secretário de Fazenda tem o interesse de mandar em todas as secretarias, e aí ele segura um orçamento subestimado e com isso consegue comandar as decisões da saúde e de outras secretarias, fazendo as suplementações depois de muito tempo. Isso tem demorado e prejudicado o andamento e a efetivação de algumas políticas públicas no nosso Estado. A Assembleia precisa tomar uma posição nesse sentido”, completou.
A proposta prevê receita e despesa de R$ 40,79 bilhões, o que representa um crescimento de 10,02% em relação ao orçamento aprovado para 2025.
O duodécimo destinado aos demais Poderes também terá aumento. O Tribunal de Justiça será o maior beneficiado, com R$ 3,32 bilhões, crescimento de mais de 11%. Em seguida aparecem a Assembleia Legislativa, com R$ 1,05 bilhão; o Ministério Público, com R$ 963 milhões; o Tribunal de Contas, com R$ 749 milhões; e a Defensoria Pública, com R$ 396 milhões.
Na área de infraestrutura, o governo projeta aplicar R$ 3,22 bilhões em 2026. Só para pavimentação de rodovias estão previstos R$ 1,35 bilhão, o que permitirá asfaltar 691 km da malha viária. Na educação, os investimentos devem alcançar R$ 5 bilhões. Para a saúde, a LOA prevê R$ 4,32 bilhões.
Fonte: Olhar Direto