Nas redes sociais, Mendes publicou mensagem parabenizando Castro e as forças de segurança do Rio. O mato-grossense também voltou a cobrar endurecimento da legislação penal.
“As leis frouxas e a sensação de impunidade fizeram a criminalidade perder o medo da Justiça e da Polícia. E agora somente medidas muito duras podem fazer frente ao avanço das facções. Parabéns ao governador Cláudio Castro e às forças de segurança do RJ por esse duro e necessário enfrentamento. O que mais precisa acontecer para que bandido seja tratado como bandido nesse país?”, escreveu.
Em vídeo publicado, Mendes afirmou que o país precisa reagir ao avanço do crime organizado. “Todos estamos acompanhando o que acontece no Rio de Janeiro. A polícia está enfrentando traficantes que reagiram com barricadas, queimando pneus e atirando. Quero parabenizar o governador Cláudio Castro e as forças de segurança pela coragem de enfrentar a criminalidade. É lamentável que as leis brasileiras tenham permitido que as coisas chegassem a esse ponto. Bandido não respeita mais a polícia, nem o Judiciário. Precisamos mudar isso. Mortes são lamentáveis, mas é necessário ter coragem para enfrentar a criminalidade”, declarou.
A segurança pública tem sido uma das principais bandeiras do segundo mandato de Mauro, tema que deve nortear sua eventual candidatura ao Senado em 2026.
A operação no Rio de Janeiro, batizada de Operação Contenção, mobilizou cerca de 2,5 mil agentes para cumprir 100 mandados de prisão em comunidades da Penha e do Alemão. Segundo o governo fluminense, 60 suspeitos e quatro policiais morreram durante a ação. Outros agentes ficaram feridos, e um delegado segue internado em estado grave.
De acordo com a Polícia Civil, criminosos reagiram com tiros, barricadas em chamas e o uso de drones que lançavam explosivos. Moradores levaram dezenas de corpos à Praça São Lucas, na Estrada José Rucas, na madrugada desta quarta-feira (29), o que pode elevar o número oficial de mortos. O governo estadual informou que uma perícia será feita para confirmar se os corpos têm relação com a operação.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou reunião nesta quarta-feira (29) com os ministros Rui Costa (Casa Civil), Ricardo Lewandowski (Justiça), Jorge Messias (AGU) e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, para discutir medidas de apoio à segurança no Rio de Janeiro. Entre as possibilidades em avaliação está a decretação de uma Garantia da Lei e da Ordem (GLO), embora Lula já tenha manifestado restrições a esse tipo de intervenção.
A operação desta terça-feira superou em letalidade as ocorridas no Jacarezinho, em 2021 (28 mortos), e na Vila Cruzeiro, em 2022 (24 mortos) – ambas também durante o governo de Cláudio Castro. Somadas, essas duas ações tiveram 62 mortes, número inferior ao registrado na operação de ontem.
Fonte: Olhar Direto






