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Mauro critica ‘cultura de invasão’ em Cuiabá e demonstra cautela com medidas para evitar ocupações ilegais

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O governador Mauro Mendes (União) afirmou que o governo age com extrema cautela diante de qualquer medida que possa estimular ocupações irregulares, destacando que Cuiabá tem, historicamente, uma prática de formação de bairros a partir de invasões.

A fala ocorreu ao ser questionado sobre a decisão do prefeito Abilio Brunini (PL) de desapropriar a área do Contorno Leste e iniciar um processo de regularização fundiária.
“Historicamente, a gente conhece esse negócio em Cuiabá, essa prática. Muitos bairros foram feitos com invasões. Você vai pelo interior, isso não existe. Cuiabá, infelizmente, ainda tem essa prática: dê um terreno, invade e aí cria toda essa confusão”, afirmou.
Segundo Mauro, esse histórico reforça a necessidade de cuidado em qualquer ação relacionada a áreas ocupadas, para que não se crie a percepção de que invasões podem se transformar em alternativa de acesso à moradia.
“O governo do Estado tem um pouco de reticência com relação a fazer alguma coisa que estimule ou que aponte que isso pode ser uma boa alternativa”, disse.
Ao comentar especificamente a decisão tomada por Abilio, Mauro adotou uma postura neutra, afirmando que se trata de competência estritamente municipal.
“O prefeito Abilio, como qualquer prefeito, tem autonomia para tomar as suas decisões, está dentro do município dele e o governo não tem nada a comentar com relação a isso”, pontuou.
Questionado sobre críticas de que o “Estado” falha em ofertar programas habitacionais e, por isso, as invasões ocorreriam, Mauro respondeu que a responsabilidade envolve União, municípios e governos estaduais. Ele reconheceu a necessidade de ampliar políticas habitacionais, mas reforçou que o Estado não compactua com ocupações ilegais.
“Claro que nós precisamos ampliar, sim, as políticas públicas de habitação, mas invasão não é algo que o nosso governo está compactuando”, afirmou.
O governador ainda destacou que Mato Grosso opera com um programa de tolerância zero às invasões rurais, mencionando que 60 tentativas foram neutralizadas neste ano pela ação conjunta das forças de segurança.
Para ele, esse rigor precisa ser mantido também diante de episódios urbanos como o do Contorno Leste.
“Senão, todo mundo vai invadir uma terra e pedir para o Estado regularizar. Isso não pode”, completou.

 

Fonte: Olhar Direto

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