Mato Grosso tem se destacado no desenvolvimento do Cadastro Ambiental Rural (CAR), especialmente com a implementação do CAR Digital 2.0. A avaliação foi feita pelo diretor-presidente do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), André Borges, durante visita técnica à Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), em Cuiabá, na última quarta-feira (18).
De acordo com Borges, o maior desafio dos estados é implementar efetivamente o CAR e avançar na regulamentação ambiental dos imóveis. “Estamos aqui para trocar experiências, conhecer os avanços e discutir melhorias. Mato Grosso avançou bastante, especialmente no desenvolvimento do CAR 2.0”, afirmou.
O diretor destacou como ponto essencial do sistema a construção de bases sólidas de dados, fundamentais para garantir a precisão na análise dos cadastros. “O aprimoramento da base, que inclui hidrografia, uso e ocupação do solo, está sendo feito por município, etapa por etapa, reduzindo a margem de questionamentos”, explicou.
O funcionamento do CAR Digital 2.0 foi apresentado pelo superintendente de Regularização e Monitoramento Ambiental, Felipe Klein. A secretária adjunta de Gestão Ambiental, Luciane Bertinatto, respondeu às dúvidas e destacou a importância da participação de diferentes entidades no processo.
“Receber outros estados é fundamental para compartilhar informações. O CAR Digital 2.0 permite grandes avanços na validação dos cadastros, além de oferecer ao produtor rural a possibilidade de retificar informações de forma ágil”, ressaltou Bertinatto.
CAR Digital 2.0 amplia a regularização ambiental
Lançado no início de junho, o CAR Digital 2.0 visa ampliar o alcance do sistema de regularização ambiental em Mato Grosso. A nova versão incorpora bases temáticas de dados geoespaciais, que contemplam informações ambientais de propriedades nos 142 municípios do estado, com previsão de integração total até o final do ano.
Conforme decreto que regulamenta a análise automatizada no Sistema Mato-grossense de Cadastro Ambiental Rural (SIMCAR), a checagem é realizada a partir do cruzamento entre os limites declarados pelos proprietários e as bases de referência homologadas. O documento também prevê análise manual para casos específicos, garantindo maior precisão e segurança no processo.
Fonte: cenariomt